quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Mazzaropi - O Jeca Tatu (trecho)

Aqui vai um trecho do filme Jéca Tatu (1960) estrelado pelo eterno Mazzaropi.

Me lembro quando era bem pequena e alguns filmes do Mazzaropi passava no canal Bandeirantes (ou era na extinta Manchete?) quase que diariamente. Meu pai era simplesmente fissurando por ele! Não perdia uma transmissão se quer, e sempre rachava o bico durante o vídeo. Boas lembranças...

Estou postando este em especial pois usei ele no meu documentário de conclusão de curso. Alias, a minha apresentação será nesta segunda-feira (06), às 10h30, em algum lugar obscuro na Unic. Ninguém está convidado, mas gostaria de receber energias positivas neste horário, tudo bem?

Espero que gostem do vídeo como o meu pai :)


quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Vídeos do show - Paul McCartney Up and Coming 2010

Aqui vão alguns vídeos que consegui gravar durante o show. Tudo está bem mau gravado, além da minha 'linda' voz cantando ao fundo, mas vale a recordação.

LET IT BE



ELEANOR RIGBY




LIVE AND LET DIE




THE LONG AND WIDING ROAD




Cá está um pouco do sonho que não acabou...

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Um sonho realizado


Transportar emoções reais para uma breve quantidade de linhas é uma coisa extremamente difícil, ainda mais quando se trata da maior já vivida. Sou beatlemaniaca de corpo e alma a mais de dez anos, e sempre almejava ir a um show de qualquer um deles vivos – já que não posso vê-los reunidos em um único palco. Isto virou até um objetivo de vida, do tipo “não posso morrer antes de isso acontecer”. Bom, leitores, eis que um sonho foi realizado no dia 22 de novembro de 2010. Eu, Simone, fui ao show da turnê “Up and Coming” de Sir Paul McCartney.

Foram 12 horas de fila, enfrentando um tempo inconstante. Ao lado do fotógrafo e amigo Tchélo Figueiredo, vimos que São Paulo, a “terra da garoa”, se mostrou além de seu apelido. Houve horas que a “garoa” engrossou e todos tiveram que enfrentar um “toró d’água” (sem esquecer o cuiabanês). Mas fã que é fã enfrenta até canivetes! E sem distinção de idades. Prova disso foi que durante o tempo na fila percebi diversos pais, avós, netos, filhos, entre outros. Ao meu lado, por exemplo, havia um casal de velhinhos firmes e fortes, encarando as mesmas dificuldades como qualquer outro.

Entrando no enorme estádio do Morumbi, fiquei impressionada com o mar de pessoas espalhadas entre as cadeiras, pistas e áreas vip. Todos gritando muito por conta da emoção de estar lá, na frente de um palco gigantesco, considerado um dos maiores já montados na América Latina. Todo o meu esforço foi compensado quando finalmente consegui o melhor lugar para quem estava na pista: a grade! O que deu para ter uma visão muito boa de lá.

O tempo parecia não passar, pois ficar horas em pé na chuva não é para qualquer um. Até que, com apenas 12 minutos de atraso – o show estava marcado para as 21h30 - as luzes acenderam, e entre elas, trajado de muita elegância com um paletó roxo, a estrela “more” da noite apareceu. Paul McCartney iniciou com Magical Mistery Tour, do álbum homônimo. Logo de cara deu para sentir que a apresentação não seria pouca coisa.

Comecei a chorar feito uma criança de tanta emoção. Carregando o seu mítico baixo em forma de violino, companheiro desde a época dos Beatles, Paul não decepcionou nem um minuto se quer.

Até arriscou falar em português. Tudo bem que deu para ver claramente que ele estava lendo no chão, mas quem se importa?! Tudo foi muito perfeito e todos foram ao delírio com cada brincadeira ou fala que ele fazia. Também não era por menos ter uma platéia lotada de fanáticos, creio que se ele fizesse o mínimo já seria o máximo para todos.

Tocou sucessos pós-beatle, da banda Wings e até da carreira solo, como “Jet”, “Rock Show”, “My Love” e “Venus and Mars”, o que levantou o público de diversas formas que seguiam o ritmo da batida. Entretanto, o momento em que quase fiquei sem respiração foi na música “Live and Let Die”. Acompanhada com fogos de artifícios tudo levou ao inevitável delírio da galera extasiada. Mas não posso mentir, leitores, quando os acordes dos quatro garotos de Liverpool tomaram conta dos instrumentos, a multidão foi quase à loucura, cantando tudo em uníssono.

Músicas como “All My Loving”, composição lendária da dupla Lennon/McCartney, “Drive My Car”, “Ob-La-Di, Ob-La-Da”, “Back in the U.S.S.R.”, “Eleanor Rigby”, “The Long and Winding Road”, “Two of Us”, “Get Back”, as marcantes “Hey Jude” e “Let It Be”, entre tantas outras 23 músicas dos Beatles, só começou a aumentar ainda mais a emoção de 64 mil pessoas presentes no estádio.

Apesar de todas essas músicas fazerem uma verdadeira volta no tempo, um dos momentos mais fortes da apresentação foi quando o músico homenageou os ex-parceiros. A canção feita especialmente para Lennon, “Here Today” arrancou rios de lágrimas do público, inclusive de meus olhos. Mas “Something”, em memória de George Harrison, também não ficou por menos, ainda mais quando começou a passar diversas fotos do ex-beatle no telão. A emoção foi inexplicável.

A última parte do show, mais uma vez leu no chão do palco: “Vamos embora”. Isto foi automático, arrancando vários “No” misturados com “Não” do público. Mas o inevitável e nada esperado chegou. As últimas músicas tocadas foram “Yesterday”, “Helter Skelter”, “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band” e “The End”, este último bem característico para um fim de show.

Bom, com certeza não passei nem um décimo da emoção que tive neste dia. Tudo isso me provou que a beatlemania ainda não morreu. Alguns dias se passaram e ainda estou anestesiada com a apresentação, pensando se vai ser possível ver uma próxima. Este, sem dúvida, é um tipo de acontecimento que será dividido com os meus filhos, netos, bisnetos... E eternamente estará em uma linda parte de minhas maiores lembranças.
Obs: Este texto foi publicado no jornal Folha do Estado no dia 25/11/2010

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Na maior brisa...

Em comemoração ao meu "semi-término" do vídeo do TCC2, aqui vai algumas músicas selecionadas por mim esta semana para o blog Brisa Musical. Alias, estou escrevendo frequentemente para esta página. Para quem quiser conferir sugestões de músicas de boa qualidade, internacionais e nacionais, bastam acessar nesse link aqui: http://brisamusical.tumblr.com/

A seguir, o texto na íntegra e as músicas

Sim, existem muitas trilhas sonoras que marcaram diversos momentos de nossas vidas. Elas são mais que excenciais para complementar a cena de um filme e dar mais emoção para este. Como por exemplo: o que seria do clássico Casablanca sem As Time Goes By? Esta música, composta por Herman Hupfeld, já teve inúmeras versões cantadas, como por exemplo John Lennon, Louis Armstrong, Rod Stewart, Frank Sinatra, entre outros, e com certeza todo mundo já a ouviu em algum lugar. Lógico que há milhares de outras canções que estarão fazendo falta nesta playlist e talvez vocês se perguntem sobre as instrumentais, como o clássico violino agudo de ‘Psycho’. Pois então, a seleção aqui foi feita especialmente às vozes das décadas de 1920 a 1960. Quem sabe em uma outra oportunidade os intrumentos venham à tona em um dos posts. Espero que apreciem.

http://listen.grooveshark.com/#/playlist/Cl+ssicos+Cantados+do+Cinema/38588256

domingo, 17 de outubro de 2010

Nova rotina

É engraçado observar mudança de fases. Um dia você está com a sua rotina intacta e no outro tudo muda, tudo se transforma. Meus dias mudaram quase que completamente, e aquela vida que era baseada em planejamentos anda um tanto desregrada. Apesar de não ser de meu feitio, estou gostando desta nova alternativa.
Não estou mais trabalhando. Sai da redação semana passada e sinto saudades. Mas ao mesmo tempo sinto aquela sensação de "missão cumprida". Acho que na vida há fases que devem ser passadas e levadas como aprendizado eternamente, porém tudo obrigatoriamente passa e não volta mais.
O meu dia-a-dia resume-se em: casa, faculdades e botecos jamais idos em dias de semana. Vida boêmia à ativa! Não que eu me orgulhe disso, mas a bebida às vezes é capaz de colocar nossas ideias no lugar. Mas ressalto: isto é só para os fracos. Juro.
Estou cheia de planos, que me alimentam a cada dia - e que os alimento também. Nunca fui boa com surpresas, mas quando elas aparecem sempre são bem-vindas, sejam elas boas ou ruins. Estou deixando alguns “demônios” de lado e esperando para ver o que me acontece com o tempo.
E o tempo? Ah, este sim está ao meu favor. Tive algumas desavenças com ele meses atrás, mas parece que agora nós podemos ter uma relação saudável, de igual para igual, e ainda conversar sempre que quisermos colocar tudo no seu devido lugar. Gosto disso.

E para representar um pouco esta minha “nova fase”, deixo uma música para vocês. Ela me acompanha todas as manhãs, quando acordo. Espero que agradem a vocês também. O artista se chama Francesco “Franz” Farina. Um italiano que conheci recentemente. Depois confiram mais vídeos dele, não vão se arrepender.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Concertos Populares da Orquestra do Estado de MT


Este final de semana, mais precisamente no dia 21, estive na cidade de Sapezal, interior do Estado, para conferir o último dia da turnê da Orquestra. Acompanhei todos os detalhes da apresentação - inclusive o churrasquinho pós-espetáculo na casa dos Maggi, além das bebedeiras noturnas nas ruas e nos botecos perdidos do município, hehe.
Todos os músicos, produtores, enfim, as pessoas que fizeram parte do projeto foram super receptivas, me senti em casa.

Enviada especialmente para pegar as impressões do evento, fui toda meio acanhada mas confiante, enfrentando horas de estrada para ver tudo de pertinho. O texto a seguir será capa do Folha3, da Folha do Estado de amanhã. Mas para vocês conferirem com antecedência, vou postar aqui. Depois me falem o que acharam, sei lá :)

Não levei a câmera para tirar fotos, pois a minha mala estava muito pesada - sabe como é, né? Produtos de sobrevivência e tudo mais me impediram de levá-la... -, então peguei uma do blog oficial do concerto, que você pode acessar aqui. O crédito vai para Rosano Mauro.


Agora, chega de delongas. Confira o texto:

A volta dos Concertos Populares da Orquestra do Estado de Mato Grosso, que está na ativa desde 2005, foi marcada por muita admiração do público mato-grossense. Passando pelos municípios de Cuiabá, Campo Verde, Rondonópolis, Nova Mutum, Lucas do Rio Verde, Sorriso, Campo Novo, e por fim, em Sapezal. O Folha3, a convite da Orquestra, esteve presente nesta última cidade, no dia 21 (sábado), para conferir as impressões e o resultado desta turnê que tem como objetivo levar a música de concerto para o público em geral.
Localizada na região norte do Estado, Sapezal fica a 480 km da capital. Apesar da cidade ser relativamente pequena, com os seus 14 mil habitantes, a Orquestra, juntamente com uma grande estrutura de palco e luz digna de uma grande apresentação, conseguiu chamar uma parte considerável da população. O público se acomodou em todas as cadeiras disponíveis e como pôde para apreciar o espetáculo.

CONCERTOS POPULARES

A Orquestra, regida pelo maestro Leandro Carvalho, preparou o Concertos Populares com a intenção de alcançar o grande público, e assim, popularizar a música de concerto com grandes profissionais do ramo.
“Todo ano as apresentações são especiais para esta proposta. Para se ter uma ideia, em seis anos nós fizemos mais de 450 concertos e nunca repetimos o repertório”, revela Carvalho, que procura levar músicos já acostumados com a rotina pesada de ensaios. “Por isso buscamos grandes profissionais que são treinados a sentar e tocar”, completa.
No total de oito cidades percorridas, inclusive a capital, a Orquestra se apresentou em praças e locais públicos, com um repertório que viajava pelos vários cantos do Brasil, indo de norte a sul, provando ainda mais que o país se mostra multi-cultural, principalmente em se tratando de música.
Dentre as composições selecionadas, constaram cirandas de Lourenço da Fonseca Barbosa, as marchinhas carnavalescas da revolucionária Chiquinha Gonzaga, o frevo do maestro Elpidio dos Santos, as canções folclóricas de Gregório Molina (1938) & Mario del Tránsito Cocomarola, as gauchezas de Gilberto Monteiro e R.S. Rios - que tirou longos suspiros do público, que em sua grande maioria era de origem sul-rio-grandense.
Não faltaram também as cuiabanisses fortes e animadas de Tote Garcia e Mestre Albertino, canções que se mostraram mais marcantes no repertório. Por fim, mostrando o Brasil central, foram executadas composições de Roberto Corrêa. Ele esteve presente nos concertos pelo interior do Estado ao lado da Orquestra, mostrando o melhor da viola caipira e da viola de cocho.
A junção destes dois instrumentos obteve um resultado singular. A mistura do clássico erudito do violino com as dedilhadas da lisa canção da viola caipira e das graves violas de cocho formou um casamento inspirador, firmando a proposta do repertório: a de levar a música a população, mostrar que a Orquestra também atende ao gosto de um público de diferentes tribos e idades.

PÚBLICO

O jovem estudante Tiago de Matos Santos, de 14 anos, esteve presente na apresentação e demonstrou atenção a cada nota tocada e regida pelo maestro Leandro Carvalho: “Achei ótimo por ter vários instrumentos. Eu nunca tinha visto este tipo de apresentação, é uma novidade para a minha cidade e uma oportunidade única para conhecê-los. Espero que eles voltem mais vezes”.
Quem também se cativou pelo espetáculo foi a professora aposentada Maria Shirley Capelari, de 70 anos. “Este espetáculo é importante para a cultura de Mato Grosso. O povo de Sapezal necessita de apresentações assim. Achei uma excelente ideia”.
A energia que a Orquestra passava através das canções, mostrando uma faceta da ‘brasilidade’ do nosso país, estava estampada nos olhos atentos de cada pessoa presente no público de Sapezal. A resposta disso tudo foi reconhecida ainda por Leandro Carvalho, que disse estar satisfeito com o resultado de toda a trajetória dessa turnê.

SITE

Para conferir mais impressões através de fotos e vídeos feitos durante os espetáculos dos Concertos Populares 2010 e também para saber das próximas apresentações, acesse o site da Orquestra: http://www.orquestra.mt.gov.br/omcj/bra.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Edith Piaf - Non, Je Ne Regrette Rien

Depois de uma tentativa frustrada de postar aqui um texto sobre Alberto Caeiro, vou colocar uma música que quero muito mesmo escutar futuramente com muito sentido.
E a voz da vez é de Edith Piaf...
A música que aqui coloco fala muito de "não-arrependimentos", o que eu acho muito válido em vários momentos da vida - apesar de também muitas vezes dar vontade de voltar e fazer tudo de outra forma.
Ah, depois eu quero escrever um texto sobre ela... a história desta linda cantora francesa, que foi retratada também no filme de 2007 chamado Piaf - Um Hino de Amor (o que eu ainda não sei o porquê de não tê-lo visto), é bem cativante. Li em alguns blogs e wikipedias da vida. Sei lá, se pá, eu animo de compartilhar a minha visão. Agora, aproveitem o som.



"Non... rien de rien...
Non... je ne regrette rien
Car ma vie, car mes joies,
Aujourd'hui, ça commence avec toi!"

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Janis, a Joplin


Estava eu aqui com os meus falhos pensamentos, quando decidi do nada baixar algumas músicas desta tão falada roqueira, que até hoje (até onde sei) não recebe um 'ar' preconceituoso dos adoradores do rock n' roll: Janis Joplin.

Digo olhar preconceituoso, pois nesta minha limitada sabedoria sobre o estilo, não conheço nenhuma roqueira que se preze, que não foi comparada a uma puta, vagabunda e afins. Exemplos muito simples são de Debbie Harry, a linda vocalista da banda new wave e punk rock Blondie, ou não precisamos ir muito longe, como a eterna 'ex-mulher do Kurt Cobain', Courtney Love - esta, não preciso nem comentar muito.

Enfim, voltando a falar da Janis. Uma garota de cabelos volumosos, que não aparentava muita beleza, porém pegou uma "boiada" de homens - e talvez mulheres - que muitos dariam o sangue por uma noite. Sim, acho que ela merece um destaque maior por ter se safado desta fama, apesar de ter aprontado poucas e boas. Engraçado que os roqueiros pegadores não são tão taxados como as mulheres, porém a Janis soube driblar muito bem essa imagem.

Ela que se fortaleceu juntamente a sua rouca voz, à luzes do power flower, época em que muitos lutavam erguendo dois dedinhos da mão, simbolizando a paz e o amor, em meio a muito sexo, drogas e rock n' roll. Vida desvairada que acabou encontrando as areias de Copacabana, no verão de 1970, para dar uma trégua no blues e escapar da heroína - dizem que aqui não existia a droga na época, o que eu duvido proporcionalmente.

Realmente, segundo aos textos que li, a mulher fez e aconteceu nos poucos dias de brasilidade. Foi expulsa do hotel luxuoso, o Copacabana Palace, por ter nadado nua na piscina; bebeu e cantou em bordéis 'requintados' da capital fluminense; fez topless na praia de Copacabana; tentou desfilar em alguma escola de samba, entretanto um segurança a barrou por conta de suas roupas hippies (preconceito, hein! Se ele soubesse quem estava barrando...); quase foi presa; e dizem por aí que até teve um affair com o roqueiro brasileiro Serguei... Aí caiu na loucura mesmo!




Oito meses depois de suas loucuras tupiniquins, Joplin morreu aos 27 anos, entrando na lenda dos 3 J's, ao lado de Jimi Hendrix e Jim Morrison, ambos que também morreram na mesma idade, e eram doidos como tal. Apesar de toda essa vida insana, acredito que ela viveu intensamente, dentro da loucura dela. Não que eu que eu concorde e aplique isso na minha vida, ou ache que esta é a melhor forma de ser resolver conflitos pessoais, mas acho que cada um tem um estilo de vida, e é difícil questionar diretamente. Ela teve apenas um amor, que morreu durante a guerra do Vietnã, não teve filhos, todavia seis meses se passaram depois da sua morte e o álbum póstumo Pearl foi lançado, no que resultou em um sucesso absoluto, um verdadeiro fruto de seu talento incontestável.

Sim, a respeitem. Não só a ela, mas a todas as roqueiras que carregam em seu sangue o gosto de todas as boas influências que se singularizam em um conjunto. Acredito que taxações já não devem fazer mais parte de uma fama ou de um reconhecimento. É a falta de conhecimento e interesse que resulta nisso, o preconceito com as demais artistas que se preze. E viva a loucura!

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Ain't No Sunshine - Bill Withers



I know, I know, I know...

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Que tudo se foda


-- que tudo se foda,


disse ela,


e se fodeu toda.


[ Paulo Leminski ]

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Férias

Férias é algo muito relativo, pelo menos no meu ponto de vista. Durante estes dias "livres" as pessoas aproveitam para viajar, passear, enfim, fazer coisas que elas geralmente não podem fazer enquanto estão trabalhando ou estudando. Eu, por exemplo, neste meio de ano, estou tendo no total 18 dias de "descanso", mas só da faculdade, pois meu trabalho ainda continuou. O que eu mais fiz durantes este tempo? Bom, vou tentar explicar a minha rotina em tópicos:

Durante a semana
8h30 - Acordo e vou direto para o banheiro tomar banho
8h45 - Começo a me vestir
9h - Tomo um café da manhã meia-boca (geralmente tomo um copo de Activia), não gosto muito de comer de manhã
9h15 - Pego a estrada e vou trabalhar
9h30 - Chego ao trabalho, ligo meu computador e começo a fazer o que tenho que fazer diariamente
11h15 - Geralmente desço para a Rádio cobrir o programa Caximbocó
12h15 - Muitas vezes subo grilada com algum comentário escutado e começo a escrever a matéria
12h40 - Vou embora pra casa
13h - Almoço

A partir do almoço, minhas tardes variam... Geralmente ou assisto televisão, ou leio um livro, ou fico na internet, as vezes faço tudo isso ao mesmo tempo, olha que legal, enfim, É UMA BOSTA! Não aguento mais ficar em casa vendo o tempo passar. Pegar um dia-a-dia fodido, sem grandes emoções, e ainda ter que me recuperar de "certos traumas". Mas vamos manter a compostura, Simone.

Finais de semana
Estes não são tão variados também, mas são mais legais que o resto da semana. Posso julgá-los como bacanas, apesar de ainda serem um tanto limitados, pois na minha cidade não há muitos lugares legais de se ir. Os mais interessantes, na minha opinião, são:

Clube de Esquina – este eu gosto de verdade, sempre me divirto lá, apesar de estar sempre “batendo cartão” nos fins de semana.

Blues Moto Bar – um lugar mais tranqüilo. Geralmente o escolho quando não quero muito agito pra minha cabeça.

Casa Fora do Eixo – gosto de lá, mas eu meio que enjoei dos showzinhos alternativos. Mas as baladinhas discotecadas são uma boa pedida.

Choros e Serestas – este é bom na quinta-feira, quando consigo entrar (as filas são absurdas de grandes!)

Tom Choppin e demais bares do tipo – só quando tenho dinheiro sobrando, ou seja, não vou pra lá quase nunca!

Dentre umas saídas e outras, os meus fins de noite são sempre os mesmos, se resumindo em todos os dias chegando um tanto embriagada em casa. O maior problema disso tudo é acordar de manhã, contudo, acho que estou indo no caminho certo - apesar das minhas constantes dores de cabeça.

Talvez, se eu fosse “eclética” em Cuiabá, meus dias não seriam tão sem-graças. Gosto de ser seletiva, mas não gosto de ficar em casa.
Ou, talvez se eu fosse rica, pegaria o primeiro vôo para qualquer lugar do mundo onde tenha um show, um acontecimento, ou qualquer coisa legal que esteja rolando e eu estando lá, testemunhando. O que acham?

Preciso mudar de cidade, e rápido!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Momentos...

Nessa sequência.

Olhos nos Olhos - Chico Buarque



O que me Importa - Marisa Monte



Eu gosto da vida, mas não gosto do tempo. Ele me deixa esperando demais.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Parabéns, Ringão!

O aniversário do Ringo foi ontem, mas a comemoração continua!
Eu nunca fiz isso no Blog, mas é por uma boa causa. Acabei de ler uma pequena reportagem no site Terra falando sobre o show especial dos 70 anos do ex-baterista do Beatles. Fiquei tão emocionada - e lógico, me martirizei muito por não morar em NY nessas horas -, que decidi colocar na íntegra para quem quiser ver.

Aproveitem!

Ringo Starr comemora aniversário com espetáculo em NY

Nessa quarta-feira o ex-Beatle Ringo Starr completou 70 anos e a música não poderia ficar de fora das comemorações. O radio City Music Hall, em Nova York, recebeu o músico e convidados para um show emocionante.

O músico cantou sucessos de sua carreira solo, incluindo canções de seu último disco, o elogiado Y Not. Canções dos Beatles também não poderiam ficar de fora.

Yoko Ono participou da festa e subiu ao palco para cumprimentar o amigo. Mas o grande momento foi a participação surpresa de Paul McCartney, que tocou Birthday, canção clássica dos Beatles. O encontro pode ser visto no YouTube.

O show foi o primeiro de Ringo e sua All Starr Band pela turnê de verão, que foi batizada de "Peace and Love".



Lindão do meu coração!!!

Fonte: Terra

quarta-feira, 7 de julho de 2010

As Borboletas Voaram!

Mais textos sobre shows. Acredito que este é o lado cultural que mais gosto - tirando cinema, desenho, pinturas..., é, não é o que mais gosto.

Enfim! Este fim de semana, mais precisamente no dia 03/07 (sábado), fui à Chapada dos Guimarães – acho que fica uns 60 Km da capital mato-grossense -, no Festival de Inverno, e conferi o show do grande Zé Ramalho.

Abertura do show ficou por conta das meninas da Bionne. Foi maravilhoso! Principalmente quando elas tocaram "Chega de Saudade" (escrita por Vinícius de Moraes e Antonio Carlos Jobim). Eu não sei vocês, mas tenho uma particularidade enorme com essa música. Além de canções autorais, que passeavam no samba e no choro. Músicas de excelentíssima qualidade.

Agora, o show do Zé Ramalho foi como já esperava. O som estava ótimo e super redondo. Pena que a apresentação não durou tanto quanto eu gostaria - só uma hora, mais ou menos -, mas a emoção foi demais. O paraibano das borboletas tocou os seus maiores hits, como Chão de Giz, Avohai, Vila do Sossego, entre outros.

Tive a oportunidade de subir ao palco, e ficar a poucos metros da atração da noite (graças ao meu empreguinho, hehe). A energia foi sem igual! Tudo bem que fiquei somente três músicas lá em cima, mas foi o suficiente para registrar muitas coisas boas de lá. Depois fiquei bem na frente. Houve uma hora em que ele olhou pra mim e deu um "baita" sorrisão! E eu meio atrapalhada, sem jeito, o retratei. Ficou meio torto, mas está logo aí em baixo do texto, como prova! hehe.

Não reparei em muitos detalhes minuciosos do show, mas garanto que foi muito bom, chegando a entrar até nos "top 10" de apresentações musicais que mais gostei.

Para quem quiser conferir algumas fotos desta noite, basta acessar o flickr aqui: http://www.flickr.com/photos/simoneishizuka/

Babem, e boa noite!




Olha ele olhando pra mim!

Do palco!


Ô, alegria! :)

terça-feira, 23 de março de 2010

B.B. King no Brasil

É engraçado como certas realizações na vida acontecem de forma tão inesperadas. Conheço o blues há alguns anos, mas tive interesse - e um certo envolvimento “íntimo” - há alguns meses, através da do repertório da banda cuiabana Expresso Vinil (com apresentações em stand by até meio do ano por estarem se dedicando a projetos pessoais). Foi verdadeiramente um “amor à segunda vista”. Algo cativante que me fez ter aquela ânsia de pesquisar mais sobre este estilo e seus precursores.

Em meio há tantas músicas, daquelas em que você precisa sentar e relaxar para apreciá-las, escutei B.B. King, cujo os dois “B” significa “Blues Boy”. Um garoto de 84 anos de idade. Norte-americano, nascido no Mississippi - um dos pontos onde se originou o blues -, guitarrista e cantor, começou as suas primeiras dedilhadas musicais na esquina de uma igreja para ganhar alguns trocados.

Muitas vezes é citado como Rei do Blues e diferente de muitos guitarristas famosos, B.B. King usa poucas notas em suas músicas. Certa vez, o mesmo teria dito que poderia fazer uma nota valer por mil, e isso não discordo de jeito nenhum.

Tive certeza disso e pude me deslumbrar ao vivo, assistindo o show do próprio, sábado passado, em São Paulo, no Via Funchal. A grana era curta, mas a vontade era muita. A começar pelo espaço, não me decepcionei: O espaço era glamuroso, com suas mesas e cadeiras divididas em camarotes. Foi em um destes que fiquei e pasme, a mais ou menos 20 metros do palco. Foi emocionante, e melhor, nada foi planejado.Comprei o ingresso um dia antes, logo quando cheguei na “terra da garoa”, o que foi muita sorte encontrar, pois havia apenas 13 no total. O preço foi meio “salgado”, mas naquela hora valia tudo.

Apesar do aviso de “proibido tirar fotos”, eu e mais dezenas de presentes na plateia colocamos nossas máquinas a postos. Comecei a tirar fotos do local, inclusive do palco que tinha um banner gigante com o nome da atração da noite, e sobre ele estavam todos os instrumentos, prontos para serem tocados. E em meio a estes, em especial, estava a Lucille, nome de “batismo” de uma das guitarras mais famosas do mundo, uma Gibson ES-345 azul escura, que acompanha B.B. King desde a década de 1950. Ela estava lá, brilhante e encantadora, paradinha em cima do suporte.

De repente as luzes se apagam, e toda a banda aparece fazendo um solo excitante, mas só de aquecimento. Tomando como ponto de partida o início do movimento blues, com os escravos nas lavouras de algodão, me senti nessa era, ao perceber o time que acompanhava: músicos negros, todos no alto de seus 50 anos. Me remetia aos artistas seminais do blues. Depois de um super aquecimento, o Rei do Blues, logo após uma breve apresentação de um dos saxofonistas, aparece e é recebido com calorosas palmas, vindas do público em pé, este que se misturavam em pessoas mais velhas até os mais jovens, todos prontos e ansiosos para escutar a voz e as dedilhadas clássicas da atração da noite.

Com o peso da idade, B.B. King passou o show inteiro sentado em uma cadeira, tocando e cantando para o público. Vale ressaltar, na última vez que veio ao Brasil, havia anunciado que aquela seria sua última turnê.

Ele continua sendo a estrela maior. Com notas e sonoridades características de seus maiores sucessos, o cantor brincava com os riffs e executava seus solos com exatidão, e não deixou transparecer absolutamente nenhuma dificuldade para comandar a apresentação da noite. Abriu a noite com a romântica “I Need You So”, oferecendo para todos os apaixonados. Nesta primeira música, o som da voz estava baixo, e dava para se perceber alguns estalos vindos das grandes caixas de som comportadas ao lado do palco, além de ruídos saído da “Lucille” toda vez em que não estava sendo tocada. Mas mesmo com todas estas falhas técnicas, o Rei não perdeu o humor. Em vários momentos brincava com os integrantes da banda, beijava o microfone durante músicas românticas, conversava diretamente com o público, arriscava algumas palavras em português e elogiava a todos os brasileiros, principalmente os presente na noite.
Ainda tocou e cantou junto com a plateia os hits "Everyday I Have The Blues", "The Thrill is Gone" e "Let the Good Times Roll", nestas já com um som melhor que a primeira música. Com todo o carisma, ele começou a elogiar beleza das brasileiras, e ainda comentou que jamais tinha visto mulheres feias no mundo, fazendo todos os presentes caírem na gargalhada. E em homenagem às elogiadas da noite, King tocou "You are my Sunshine", cantada em uníssono. Para não perder o costume, logo após cantar a música, King ainda arrancou risos “Não quero que vocês vão para casa achando que B.B. King canta cowntry, pois ele canta blues!”. E para os “handsomes” - modo como B.B. King chamava os homens da noite, o que significa “bonito”, em inglês, tocou o sucesso "Rock me Baby".

Ainda conversando com a plateia, ele começa a enxugar a sua “Lucille” com uma toalha, e diz que a mesma estava chorando, pois tinha que ir embora. Mas depois de muitos pedidos de “mais um!”, B.B. King, como um rei que precisa agradar os seus súditos, termina a noite com hino gospel folclórico bastante conhecido nos Estados Unidos, "When the Saints Go Marching In", fechando o show, aplaudido de pé. A emoção foi única.

Depois desta, já estou mesmo é à espera da próxima apresentação. Torço mesmo para que ele “não esteja pronto para aposentar” - como o mesmo declarou durante o show -, e que ele ainda demore para anunciar a última turnê, mesmo já tendo o feito. Acredito que pela disposição apresentada, há de vir muitos e muitos shows pela frente, por que o mundo precisa de toda esta alegria e vibração que só o Rei do Blues pode passar.






Obs: Este texto vai sair amanhã (24) no jornal Folha do Estado. Não deixem de comprar e conferir. E deêm parabén pra mim! Primeiro texto crítico profissional :)

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Interessante

Será que o mundo é tão pequeno quanto imaginamos? Bom, existem fronteiras, estradas - destas, algumas de "chão", outras asfaltadas, outras até alternativas - cercas, rios, mares, ares... enfim, uma infinidade de coisas que nos fazem distanciar daquilo que almejamos, que está geograficamente inalcançável.

Geralmente nestes fins de noites inusitados, começo a visitar blogs de mochileiros, estudantes em trânsitos, ou até aposentados "feitos" na vida que vivem viajando pelo mundo, e registrando suas aventuras e desventuras nesta pequena página. Daí pego e penso: "que vidinha limitada essa a minha".

Nunca viajei internacionalmente. Acho que o mais longe que fui foi para o Nordeste (alias, que viagem...). Conheci muitos estrangeiros por lá, fiz amigos. Até arranjei um amor de verão, que foi pra lá de intenso, mas que não passou de algo momentâneo cheio de calor e sentimento.

Penso mais ainda: Será que sou menos interessante por isso? Confesso que estou em conflito com isso, vendo tanta gente conhecendo diferentes lugares, tanta coisa inesquecível, talvez vivendo coisas que jamais ninguém vai viver parecido, e assim vai. E o meu máximo nestes últimos dias foi conhecer lugares bons com pessoas más perto de mim, mas tudo bem. Valeu a paisagem.

Estou com a oportunidade de realizar o meu sonho no próximo ano: fazer esta tal viagem internacional, e talvez, não achar que minha vida seja tão limitada assim. Mas durante este meio tempo, coisas aconteceram, uma delas me prende aqui mais um tempo. Besteira a minha (ou não), mas preciso focar nos antigos sonhos, pois eles me dão mais segurança e perspectiva.

Quem dera se não houvesse todos estes obstáculos que o homem criou para conhecer diferentes "mundos", com pessoas tão parecidas e diferentes ao mesmo tempo.

Enquanto isso, fico aqui esperando o que a vida tem a me oferecer a mais. Enquanto isso, fico aqui fechando os olhos e marcando presença nos lugares que eu jamais estarei na vida. Enquanto isso, enquanto isso... vou vivendo as minhas "pequenas coisas importantes" tentando ser feliz, triste e frustrada o quanto posso.