terça-feira, 27 de novembro de 2007

Mãos


Todos nós temos um "fraco" pelo sexo oposto (ou não). Vamos dizer que temos sempre alguma parte do corpo de outra pessoa que sempre olhamos de primeira, que admiramos, ou que reprovamos. Algo que faça parte do conjunto "borogodó*" da pessoa, entenderam? - se não, façam-me o favor!

Essa parte pra mim se chama: mãos. Sim, eu admiro as mãos das pessoas. É a primeira coisa que reparo antes de cumprimenta-las, ou não, também. Independente de ela ser bonita ou feia, sim, eu reparo primeiramente as mãos, antes de conferir o conteúdo.

Muitas pessoas já partem para o 'outro' lado, achando que reparar as mãos é uma coisa maliciosa de minha parte. Engraçado, quando uma pessoa reparam as "nádegas" (ou do outro lado delas), ninguém fala nada... Acha natural. E quando falo de mãos, ficam com caras insinuantes já pensando "naquilo". Que bobagem minha gente. Algo tão perfeito que algum ser divino fez, que nos da a possibilidade de tantas coisas, porque não admirar a sua beleza? Os traços dos dedos, as marcas, os sinais, as unhas, a flexibilidade e tudo mais. Sem contar nos anéis, se usados corretamente, lindos.

Abra a cabeça, e admire.

Borogodó: Um "q" a mais de uma pessoa; O charme

domingo, 25 de novembro de 2007

Escritora Frustrada


Desde em que eu comecei a escrever minhas primeiras palavras em um papel, ou na lingüagem mas vulgar, "desde em que virei gente", tive a intenção de escrever uma bibliografia sobre a minha vida. Apesar de aparentemente ser algo sem importância para muita gente, até que tenho alguns méritos para registra-la em algumas linhas.

Comecei escrevendo em paredes. Confesso que foi uma das faser mais criativas, pois junto com as letras, vinha alguns desenhos estranhos, onde só eu entendia na época. Hoje, posso descreve-los friamente, como os infinitos rabiscos cor-de-rosa, as flores cantantes, o sol sorridente com seu óculos charlatão, uma ilha no meio do nada com uma menina sentada abaixo de um coqueiro pensando (tinha até o balãosinho) em um grande vazio...
Mas, infelizmente, esta minha forma de expressar sentimentos foi limitado com algumas boas palmadas em minha mão, com a autoria de minha mãe.

Como minhas paredes ficaram brancas e sem meus registros tempos depois, comecei a apelar para os meus cadernos e livros escolares. Tinha a mesma mania de desenhar e escrever minhas insanidades momentâneas. O que mais uma vez foi interrompido pela minha carrasca professora...

Até que em um Natal qualquer, ganhei de minha tia um caderninho cheiroso com vários bichinhos estampados, e junto com ele vinha uma lapizeira com o mesmo tema. Fiquei empolgada e pensante ao mesmo tempo... O que eu poderia escrever? Na mesma noite natalina, abri aquela primeira página em branco, aquela famosa página para se escrever "Este Diário pertence à...", mas o meu foi um tanto diferente. Desenhei o famoso coração com seus braços e pernas falando "Diário de investigação". Comecei a anotar todos os meus passos no dia-a-dia. Comecei a fazer colagens também, soltava a minha imaginação com pequenos recortes de revista e jornal... Sempre apreciei imagens e palavras impressas. Tudo o que sentia e passava, registrava ali, naquelas folhinhas perfumadas, não importa a forma, tudo estava lá. Até que o conteúdo começou a ficar amargo e dolorido. Comecei a re-ler os meus últimos dias, eles já não eram mais radiantes como o meu sol de óculos charlatão... Decidi parar com registros. Então, o caderninho decorado e perfumado foi para o fundo de uma caixa, juntamente com meus pertences antigos, lembranças materiais um tanto esquecidas...

Mas um dia, tudo isso teve seu fim. Vieram outros cadernos perfumados, outros não, mas todos com a mesma intenção.
Teve um, que apesar de a principio não parecer importante, foi um dos que mais gostei, e que infelizmente não possuo mais. Ele tinha o Leonardo DiCarpio na capa, era o auge do filme Titanic. Apesar de nunca ter gostado do "Leo",peguei aquele caderno para me ser útil em algo, e como foi! Foi nele que descobri alguns dons importantes em mim. O dom de escrever e desenhar considerávelmente. Colocava letras de músicas, obras de poetas famosos, desenhos de artistas consagrados... Apesar de nada ser de autoria real minha, foi uma das coisas mais lindas que fiz. Que hoje, deve estar perdido em algum latão de lixo qualquer.

Agora, com esta era 'virtual', registro tudo "meiadamente" em tudo que me estiver disponível. Mas isto está sendo pior que as palmadas de minha mãe, ou as broncas de minha antiga professora... Minha vida deveria ser lida pelos leigos...

Descobri que sou uma farsa.