domingo, 15 de janeiro de 2012

Oslo no jornal A Gazeta de Cuiabá

Mais uma matérinha falando sobre as minhas aventuras por este 'mundo perdido'. O texto tá um pouco menor e diferente do que escrevi aqui por questões de 'espaço no jornal'. Enfim, comprem A Gazeta de hoje (15/01/2012), leiam o caderno VIDA, e me ajudem a conseguir um bom emprego quando eu voltar pro Brasil! rs.

Mais uma vez, um super OBRIGADA para a minha 'mãezinha do jornal', a jornalista Liana Menezes.
Acessem o site: A Gazeta

Um print que peguei no site

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Explorando os Alpes Suíços

Alguns dias depois do Natal, estou aqui para contar sobre esta data tão comemorada pelos povos.

Bom, descobri que definitivamente ela é mais um no meu calendário anual. Confesso que planejei o meu máximo para não deixa-lo em branco, pois em outros não tive boas experiências, mas cheguei a conclusão que todo sentimento é momentâneo e nada mais.

O meu foi em Genebra, na Suíça, ao lado da minha prima Sheyla e seu marido Dilan, além de seus familiares e também com a Yukari, minha amiga japonesa.

Yu-Tchan!
Chegamos praticamente em cima da hora da ceia. Tudo foi bem tradicional, nada muito diferente do Brasil, porém os presentes são só abertos à meia-noite e não em qualquer horário.

Genebra é uma cidade bem peculiar, esplêndida. Absolutamente tudo se respira história. O que mais me impressionou foi que ela conseguiu com apenas 180 mil habitantes e relativamente longe da capital suíça (Berna), conseguiu ser uma cidade-estado, independente economicamente de seu país. Além de, é claro, abrigar importantes instituições mundiais, como as Nações Unidas e a Cruz Vermelha.

Lindo!

ONU

Monumento em homenagem aos soldados mortos em guerra

Cruz Vermelha

O bom da cidade é que você não precisa andar muito para se deparar com algo histórico. Logo no centro da cidade, encontra-se grandes muros nos quais protegiam a antiga Genebra. Segundo a história, muitos franceses queriam dominar a economia e a religião do povoado (que era protestante). Mas, com muita agilidade (diga-se de passagem), os genebrinos fizeram uma grande revolta, fervilhando litros e litros de sopa em grandes caldeirões, para que, em seguida, derramassem sobre os franceses intrusos que tentavam escalar os grandes muros.
Muro da Reforma Protestante


Por conta deste fato, muitos monumentos foram erguidos e uma data comemorativa foi feita, como o L'Escalade, ou 'A Escalada', no qual crianças e adultos comemoram com grande festa, corridas e muito chocolate (é claro), que se chama Marmite.


Sopa!


Falando em chocolate, nunca comi muitos em toda a minha vida - tanto que estes me renderam alguns quilos a mais. Eram diversos tipos e tamanhos que minha prima carinhosamente cedeu. Além desta deliciosa guloseima, tivemos que nos contentar com os queijos. Podem me jugar pela gula, mas foi extremamente tentador.

Tive a oportunidade de visitar cidades próximas também. Como Lausana e seus incríveis alpes cobertos com a mais branca neve. Montreux, cidade do Jazz com diversas estatuas de nomes importantes da música. Além de um vilarejo localizado na França, a exato 0 Km de Genebra - nada de interessante, só para falar que eu fui ao país mesmo.


BB King!

Neve pela primeira vez em minha vida!
France
Não preciso dizer que esta quase uma semana foi regada de muita cultura, história, neve, chocolate, queijo, enfim... Simplesmente encantador.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Sika narra Paul no site de notícias Olhar Direto

Que bacana que os acontecimentos daqui estão se expandindo pela minha terrinha. Muito orgulho disso!
Espero que tenham gostado mesmo do mini-texto. E aguardem sempre! Assim que possível, vou continuar escrevendo sobre as viagens pela Europa para que futuramente vocês possam lembrar das minhas dicas quando estiverem fazendo a mesma jornada.

Gostaria de mandar um super THANK YOU, MAN para meu amigão (e agora jornalista diplomado) Lucas Bólico e também para todas as pessoas que me enviam energias positivas!

Acessem o link aí: Olhar Direto


terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Liverpool dos quatro garotos (e meu também)

Este final de ano foi extremamente corrido, por isso dei uma sumida. Mas em compensação, tenho muitas novidades para contar.

Desde o dia 19 do mês passado tive os meus dias muito bem preenchidos, obrigada! Viagens, passeios, chocolates, quilos... enfim, coisas de 'holidays'.

Creio que o título já dá a informação básica sobre o texto. Para quem me conhece, sabe que isso foi uma das maiores realizações da minha vida: Visitar Liverpool, e, de quebra, ir ao show do Paul McCartney. Preciso dizer que fiquei feliz?

Ônibus, maquiagem, cervejas...

Coloquei o pé na estrada antes do almoço e levei seis cansativas horas de viagem. Mas apesar disso, andar pela Inglaterra é extremamente excitante, pois as paisagens são exatamente iguais as de um filme - ainda mais quando a neve as contemplam. Entretanto, acho que estava um pouco cansada demais para passeios solitários.

Cheguei quase à noite (quatro horas da tarde do inverno). Quando desci os degraus do ônibus, consegui deixar a minha ficha cair. Olhei para as casas, prédios, ruas, entre outras coisas que estavam ao meu redor. Tudo soava familiar demais... é, estava em Liverpool.

Foram anos e anos esperando por este momento tão especial. Praticamente a minha adolescência inteira imaginei como seria este momento. Nada aconteceu como o 'planejado' (se é que teve um plano concreto), mas a emoção foi certa.

Fiquei no Hatters Hostel, albergue localizado praticamente no coração da cidade. Com um preço bem accessível, a decoração do local é totalmente inspirada nos Beatles, com muitos desenhos temáticos do Yellow Submarine, além de portas com janelinhas redondas. Super recomendo!

Chegando lá, só deixei minhas coisas e peguei o mapa para me localizar. Sem demora e sem maquiagem, fui direto ao local quase sagrado aos beatlemaníacos: o The Cavern Club.

Foram alguns minutos minutos de caminhada e outros de fotos, mas quado virei a esquina e dei de cara com aquele letreiro vermelho, simplesmente arrepiei. Era engraçado sentir o meu corpo dessa forma a todo momento, a cada lugar ou até em alguns passos. Tudo em Liverpool era possível respirar estes quatro garotos, o que deixava meus sentidos inquietos e até mesmo detalhistas (se é que os beatlemaniacos me entendem).

amor à 'primeira vista'

O bar é subterrâneo, como muitos aqui no país. Desci umas quatro remeças de escada até chegar ao local. Fui surpreendida logo de cara com o palco feito de tijolinhos, e no mesmo momento me veio a imagem dos quatro lá em cima, tocando para um amontoado de pessoas que disputavam por um espaço.

Havia um rapaz muito, mas muito, parecido (inclusive a voz!) com o John Lennon quando jovem. Só ele e o violão, fazendo um pequeno grupo de pessoas (o bar não estava cheio) cantarem alto e com força os maiores sucessos de seus ídolos. Não pude conter as lágrimas neste momento.

ele mesmo!
Andando por aquele pequeno bar, dá para se fazer uma grande viagem no tempo. Existem muitas vitrines com retratos de famosos que passaram por lá, instrumentos, cartas, entre outros. Mas o que me deixou mais emocionada foram as fotos da época pelas paredes, de quando John, Paul, George e Pete Best (para quem não sabe, o primeiro baterista) fizeram suas apresentações de estreia. Lindo!

meu paraíso

Além de apreciar toda a 'paisagem da caverna', a cerveja era bem barata - apenas £3, digo "apenas" pois aqui em Londres o preço é consideravelmente mais caro. Dancei e bebi mais que meu corpo podia, tanto que tive um prejuízo com a minha câmera. Mas é a vida, né?

Beatlemanícos

Viagens solitárias, apesar de a princípio parecer um tanto 'entediosas', o fato é que você sempre está disposto a fazer novas amizades. E este foi o caso.

Dançando pelo Cavern, acabei conhecendo Camilla. Coincidentemente brasileira, de São Paulo, estava lá somente para passar um 'final de semana perdido', até saber sobre o show do Paul. Largou toda  a programação, ficou mais uns dias na cidade, gastou uma grana não planejada só para tentar comprar o ingresso de última hora e testemunhar o espetáculo. Loucura total!

Loucura maior seria do Fabrice. Marqueteiro, há um ano deixou toda a carreira no interior da França para vender panquecas na cidade dos seus maiores ídolos. E mais! Não troca a vida que está levando por nada neste mundo!

Mas a pessoa mais 'linda' e 'mágica' que conheci, infelizmente não me lembro nem ao menos o nome. Um senhor inglês, de seus quase 70 anos. Em meio ao auxílio com a minha câmera, começou a dar todo o seu testemunho sobre os shows do Beatles no Cavern e em Londres, nos quais ele mesmo assistiu. Uma história mais arrepiante que a outra! Eu, que estava lá a sua frente, chorando com o trágico ocorrido, comecei a abraça-lo e a dizer que estava muito feliz naquela hora só pelo fato de tê-lo conhecido. Logo depois, fomos para a pista e dançamos muito. Alguém que vai ficar para sempre na minha memória :)

'O Dia'

Acordei com uma ressaca sem tamanho - além de estar com a mesma roupa da noite anterior. Com muito esforço me ajeitei o mais rápido possível para pegar o Magical Mistery Tour - um ônibus que te leva nos principais pontos da cidade, como as casas de cada um dos Beatles, a igreja onde eles tocara, Penny Lane, Strawberry Fields, etc, por apenas £15.

com direito a escutar Beatles durante todo os percurso
acho que a foto informa


lindo!


casa do George


casa do Paul


Casbah - primeiro lugar onde o Beatles tocou


era um 'café' da mãe do Pete Best
O passeio, apesar da minha ressaca, foi muito bom. Tirei algumas precárias fotos, pois a minha câmera, como disse, estava em um estado não muito bom (para não dizer 'quebrada').

A sessão 'arrepios' continuou à tona. Acho que só quem gosta mesmo para entender o que estou tentando dizer. É simplesmente lindo pisar nas exatas ruas que seus ídolos estiveram, ou melhor, viveram boas histórias para a vida toda. Me sinto extremamente realizada só por isso.

Mas para alimentar mais a emoção, eis que a noite chega. Fui ao show, e como contei no texto anterior, tudo correu além das minhas expectativas (apesar de ser o terceiro). Por fim, para fechar a noite com chave de ouro, fui ao Cavern Club só para o 'ritual' se completar. Me senti como uma daquelas mocinhas dos anos 60, dançando rockabilly à convite de um belo rapaz, balançando o seu melhor penteado com o mesmo ritmo da saia rodada. Minha noite não poderia ser melhor!

Adeus...

No dia seguinte foi todo um ritual de adeus. Com o coração extremamente apertado, passei mais uma vez pelos lugares, tirei algumas fotos e toquei em muitas coisas, prometendo a cada uma delas que iria voltar.

Este sentimento é incomum. É incrível chegar em um lugar muito distante do seu local de origem e ter a sensação de que tudo aquilo é seu, de certa forma. As músicas que sempre me acompanharam em diversos momentos da vida, estavam estampadas em cada rua daquela cidade. Daí você repara que é possível sim escutar canções além de muros de tijolos e concreto.

Conhecer pessoas com interesses semelhantes aos seus, com loucuras de mudar toda a programação da rotina, da vida, ou até de se ter lembranças do passado que ficaram eternamente no coração de quem viveu e de quem escuta.

Sim... a frase estava completamente certa: 'e no final, o mesmo amor que você recebe é igual ao amor que você doa'.

(Lennon/McCartney)