quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

A Arte de Escrever


Abandono? Não, meus queridos. É que ultimamente estou me sentindo útil para várias coisas (finalmente!).
Arranjei um modesto emprego, um estágio. Apesar de muitos julgarem que estágio um local de torturas permanentes, sem o seu devido crédito, o meu é total contrário disso.
No início, o negócio era tão tranquilo, que me arriscava a ter um verdadeiro "cinema em casa" no trabalho. Johnny Depp foi o grande "salvador" da maioria de meus dias entediantes naquele escritório frio e solitário.
Mas, com o tempo as coisas foram mudando... Em um momento, me deparei com a minha incapacidade e chateação. Não estava convencida o suficiente de que meu trabalho estaria sendo produtivo. Descobri que não sei escrever bem. Bom, pra falar a verdade, eu sempre soube, mas tinha uma esperança de que logo logo isso iria passar. Engano meu. Depois de algum tempo trabalhando em um blog diariamente, escrevendo em papéis perdidos, lendo livros de difícil gramática, enfim, tudo aquilo que possívelmente poderia ter um bom resultado. Mas tudo isso foi "meio em vão".

E o que se fazer nessa hora?! Chorar? Desabafar com alguém? Comprar livros do tipo "Como se escrever bem"? Temer o pior, como: perder o emprego?... Sim, meus amigos. Fiz tudo isso. Fiquei me sentindo uma inválida, jornalísticamente falando. Até que, em uma de minhas andanças desesperadoras pela internet, para ver se algum milagre acontecia de imediato e resolver o meu maior problema até então, eis que me surje um blog simples, de um jornalista diremos "grandioso". Sei que muitos vão fazer cara feia ao falar de onde ele veio, mas, apesar de tudo, todo bom jornalista que pensa em ter uma boa renda financeira, sonha em entrar na empresa onde ele trabalha. Estou falando de Stephen Kanitz, jornalista da revista Veja. Ele contou em pequenas linhas, toda a sua tragetória universitária. E me identifiquei em vários pontos. Nunca nenhum professor falou pra mim "Ninguém jamais irá te ler" como fizeram com ele, e isso me deu mais esperanças. Ele deu altas dicas bacanas e simples. Tudo isso o tornou quem ele é, e eu quero ser algo parecido ou melhor hehe.cEnfim, correr atrás do tempo perdido seria uma ótima opção que mal parei para me concentrar. Minhas leituras nunca foram tão produtivas, quando finalmente eu decidi ser quem eu quero ser. E não sei... de certa forma as coisas estão ficando melhores. Eu até me arrisquei a escrever aqui novamente!
Confesso que pensei em escrever um tópico, dizendo: "Só voltarei a escrever aqui, depois que eu realmente aprender a escrever". Acho que não aprendi o "realmente", mas um dia chego lá.

Créditos: http://www.kanitz.com.br/impublicaveis/como_escrever_um_artigo.asp

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Indicados ao Oscar


Quando era mais nova, me perguntava muito sobre a importância que as pessoas davam a este homenzinho careca e dourado. Muitos artistas, os mesmos que via nas telonas grandes do cinema, se emocionavam ao ouvir seu nome depois da famosa frase "The Oscar goes to...". Mal eu sabia que aquela estatueta feia e torta, tinha um significado grande e importante para os que trabalham e também admiradores da 7ª arte, significado que a 80 anos muitas pessoas, mesmo que de longe, sonham em saber realmente.


Já se passou algumas semanas a revelação da lista dos indicados a ele. Mas, só para registro, decidi colocar a todos aqui.


Obs: Melhor ator? É claro que é Johnny Depp, meu Jesuiiis!


Melhor Filme

Conduta de Risco

Desejo e Reparação

Juno

Onde os Fracos não têm Vez

Sangue Negro


Melhor Ator

George Clooney (Conduta de Risco)

Daniel Day-Lewis (Sangue Negro)

Johnny Depp (Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet)

Tommy Lee Jones (No Vale das Sombras)

Viggo Mortensen (Senhores do Crime)


Melhor Atriz

Cate Blanchett (Elizabeth: A Era de Ouro)

Julie Christie (Longe Dela)

Marion Cotillard (Piaf - Um Hino ao Amor)

Laura Linney (The Savages)

Ellen Page (Juno)


Melhor Ator Coadjuvante

Casey Affleck (O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford)

Javier Bardem (Onde os Fracos não têm Vez)

Philip Seymour Hoffman (Jogos do Poder)

Hal Holbrook (Na Natureza Selvagem)

Tom Wilkinson (Conduta de Risco)


Melhor Atriz Coadjuvante

Cate Blanchett (I'm Not There)

Ruby Dee (O Gângster)Saoirse Ronan (Desejo e Reparação)

Amy Ryan (Medo da Verdade)

Tilda Swinton (Conduta de Risco)


Melhor Diretor

Paul Thomas Anderson (Sangue Negro)

Ethan Coen, Joel Coen (Onde os Fracos Não Têm Vez)

Tony Gilroy (Conduta de Risco)

Jason Reitman (Juno)

Julian Schnabel (O Escafandro e a Borboleta)


Melhor Roteiro Original

Conduta de Risco (Tony Gilroy)

Juno (Diablo Cody)

Lars and the Real Girl (Nancy Oliver)

Ratatouille (Brad Bird)

The Savages (Tamara Jenkins)


Melhor Roteiro Adaptado

Desejo e Reparação (Christopher Hampton)

Longe Dela (Sarah Polley)

O Escafandro e a Borboleta (Ronald Harwood)

Onde os Fracos não têm Vez (Joel Coen, Ethan Coen)

Sangue Negro (Paul Thomas Anderson)


Melhor Fotografia

O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford (Roger Deakins)

Desejo e Reparação (Seamus McGarvey)

Onde os Fracos não têm Vez (Roger Deakins)

O Escafandro e a Borboleta (Janusz Kaminski)

Sangue Negro (Robert Elswit)


Melhor Edição

O Ultimato Bourne (Christopher Rouse)

O Escafandro e a Borboleta (Juliette Welfling)

Na Natureza Selvagem (Jay Cassidy)

Onde os Fracos não têm Vez (Ethan Coen, Joel Coen)

Sangue Negro (Dylan Tichenor, Tatiana S. Riegel)


Melhor Direção de Arte

O Gângster (Arthur Max)

Desejo e Reparação (Sarah Greenwood)

A Bússola de Ouro (Dennis Gassner)

Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet (Dante Ferretti)

Sangue Negro (Jack Fisk)


Melhor Figurino

Across the Universe (Albert Wolsky)

Desejo e Reparação (Jacqueline Durran)

Elizabeth: A Era de Ouro (Alexandra Byrne)

Piaf - Um Hino ao Amor (Marit Allen)

Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet (Colleen Atwood)


Melhor Maquiagem

Piaf - Um Hino ao Amor (Didier Lavergne, Loulia Sheppard)

Norbit (Rick Baker)

Piratas do Caribe no Fim do Mundo (Ve Neill, Martin Samuel)


Melhor Trilha Original

Desejo e Reparação (Dario Marianelli)

Na Natureza Selvagem (Michael Brook, Kaki King, Eddie Vedder)

Conduta de Risco (James Newton Howard)

Ratatouille (Michael Giacchino)

Os Indomáveis (Marco Beltrami)


Melhor Canção Original

August Rush (Raise It Up)

Encantada (Happy Working Song)

Encantada (So Close)

Encantada (That's How You Know)

Once (Falling Slowly)


Melhor Edição de Som

O Ultimato Bourne (Scott Millan, David Parker, Kirk Francis)

Onde os Fracos não têm Vez (Skip Lievsay, Craig Berkey, Greg Orloff, Peter F. Kurland)Ratatouille (Randy Thom, Michael Semanick, Vince Caro, Doc Kane) Os Indomáveis Transformers (Kevin O'Connell, Greg P. Russell, Peter J. Devlin)


Efeitos visuais

A Bússola de Ouro (Michael L. Fink, Susan MacLeod, Bill Westenhofer, Ben Morris)

Piratas do Caribe no Fim do Mundo (John Knoll, Hal T. Hickel, Charlie Gibson, John Frazier)Transformers (Scott Farrar, Shari Hanson, Russell Earl, Scott Benza)


Melhor Animação

Persepolis (Vincent Paronnaud, Marjane Satrap)

Ratatouille (Brad Birdi)

Tá Dando Onda (Ash Brannon, Chris Buck)


Melhor filme estrangeiro

Fälscher, Die (Áustria)

Beaufort (Israel)

Mongol (Cazaquistão)

Katyn (Polônia)

12 (Rússia)


Melhor Documentário

No End in Sight Operation Homecoming: Writing the Wartime Experience

SickoTaxi to the Dark Side War Dance


Melhor Documentário de curta-metragem

Freeheld (2007)

La Corona (2008)

Salim Baba (2008)

Sari's Mother (2006)


Melhor filme de animação - curta-metragem

Même les pigeons vont au paradis

I Met the Walrus Madame

Tutli-Putli

Moya lyubov

Peter & the Wolf


Melhor curta-metragem

At Night Supplente, IlLe Mozart des pickpockets

Tanghi argentini

The Tonto Woman

domingo, 10 de fevereiro de 2008

O Nosso Céu

O mais injusto é saber que você estava aqui o tempo todo, e eu fui me tocar do quanto gostava de você somente agora. Todos os dias em que me senti mal por não ter alguém de verdade do meu lado. Tive verões, carnavais e dias estrelados para me despedir de todas as coisas que me fizeram tão feliz. Todos os seus sorrisos, todo carinho teu. Tudo que agora eu fico tentando imaginar.

Só quero dizer como era lhe ter... Quando a madrugada chegava só existia eu e você. Mais que todos os 'tudo' que existem no mundo, você era o tudo que eu mais gostava e que a cada canção que tocava na minha mente, lhe queria mais e muito mais. Quando você segurava a minha mão, eu achava engraçado porque não me imaginava naquela situação. Você dizia as coisas de um jeito que me fazia rir. Parecia sério, mas era só um garoto de 10 anos correndo no meio dos normais com uma menina de 8.

Todo beijo era o primeiro. Quando a gente se calava e olhava um nos olhos do outro, eu me sentia uma criança como se todo dia entrasse num parque de diversões pela primeira vez. Lembra daquela noite em que estávamos olhando para o céu na mesma direção? Acho que foi a mais estrelada de todas as outras que já vimos juntos, mesmo que separados.

Você me fez muito feliz! Foi meu companheiro de artes e madrugadas acordada. Canções embriagadas nas praças e invasões noturnas em parques. Foi meu amor e meu amigo nas noites estreladas. Foi o melhor protetor de sono, o melhor beijo descarado. O grito mais alto de felicidade

Juntos descobrimos que apesar de toda distância que nos separa, ainda temos a chance de ter um sentimento sincero e importante um pelo outro, e que em algum futuro não muito distante, possamos se encontrar para conversar sobre as nossas frustrações, desejos, dramas e tudo mais, e ainda rir de tudo que passamos juntos (ou não). Juntos descobrimos que a vida é mesmo uma piada e a tua risada era o desfecho ideal, seguida de algumas doses de vodka a altas da manhã, sentados num canto cinza... Imaginando reservadamente a saudade que sentiríamos. Juntos, descobrimos que as palavras são enfeites para as coisas do coração. Que um olhar sincero dispensa todos os títulos e rótulos na vida de alguém. E nos enganamos ao pensar que seria só um 'quase beijo', lembra?

O que é mais injusto é pensar que eu poderia ter lhe seqüestrado e levado “pra qualquer lugar que você queira, e ir pra onde o vento for”. Que eu poderia ficar mais um dia inteiro deitada nos teus braços, só te olhando. Você estava aqui o tempo todo e mais do que qualquer outro fato importante que tenha ocorrido entre nós, conseguimos mostrar pra nós mesmos que as coisas não acontecem por acaso. Aqui está uma história cheia de detalhes que só vamos entender no final - ou talvez alguém entenda por nós. História dessas pra se contar pros netos, história dessas que ficam por aqui mesmo... Não aqui, presa nessas frases presas, mas aqui dentro de um lugar que nada e ninguém apaga. Levada pelo vento que só quem compreende a simplicidade dos momentos, consegue sentir. Que só quem tem a delicadeza de uma criança consegue entender.

Que só quem se apaixona de verdade pode explicar - mesmo que sem palavra alguma!

Somos obrigados a odiar esses quilômetros todos - que não são poucos. Espontaneamente obrigados a dormir com um só pensamento. Sou obrigada passar horas imaginando qual expressão fazer quando nos vermos de novo... Como te olhar! Eu sei que antes de dormir você fica viajando e a gente até sabe que nossos pensamentos anda se esbarrando - nos elevadores telepáticos -, e sabemos que o destino está a nosso favor, apesar de tudo que foge das nossas mãos.

E eu posso ficar assim, deitada por horas olhando as nuvens irem embora, imaginando que o meu céu é o teu céu também. Que essas nuvens que passam por aqui, vão para aí levando um desenho meu. E toda noite você colore esse desenho pra eu sorrir e dormir bem.

Todo dia me arrumo pra ficar bem nos teus sonhos, quem sabe até para os teus olhos. Todo dia penso que vou te encontrar nas ruas dessa cidade, te chamar para tomar um café, e você me contar sobre as coisas da vida. Trocar idéias sobre nossas paixões: cinema, livros e músicas. E rirmos juntos de nossas bobeiras, eu limpar o seu bigode de café e você me contar qual a melhor maneira de se tomar um. Acho isso tão engraçado... Como eu gostaria que realmente acontecesse! Que tudo isso fosse um “qual é a dica?”, e alguém gritar primeiro a resposta certa e nos admirarmos somente pelo fato de acertar este algo bobo, pois pensamos juntos a mesma coisa ao mesmo tempo. Mesmo assim, eu posso te saber de alguma forma. Você esqueceu muita coisa tua comigo. Coisas que agora são minhas também

O que é mais injusto é saber que, por mais forte que seja essa falta, não aproveitamos o quanto nossos corações queriam insistentemente, e insistimos dizer que está ‘tudo bem’ e deixar a tola razão falar mais alto. Mas quem saberá o dia de amanhã? O hoje que deixamos de lado escutando nossas lamentações, o mesmo ficou triste e foi embora, deixando somente os ruídos. Mas digo que a cada momento em que passamos juntos, foi o mais mágico e especial de toda a minha vida, apesar de ser a prestações e muitas vezes a curtos prazos - cuja validade, para mim, é por tempo indeterminado.

E sabe o que se torna mais certo no meio da incerteza do amanhã? Os milhares de beijos e abraços que sinto que vamos nos dar ainda, assim que o destino chegar e dizer: 'Ok, vocês passaram no teste, agora podem se ver porque todos os relógios desse e de outros mundos são de vocês!'