quarta-feira, 14 de maio de 2008

Big Sister

Sem textos bonitos que tocam o coração. Vamos ser mais céticos daqui em diante (ou sempre). Evito discutir coisas políticas ou sensacionalistas aqui, mas faço questão de comprar uma “briga” para se discutir pessoalmente. Acho que este é o melhor modo de expor suas idéias: trocando informações.

Mas, abriremos uma exceção hoje, pois estou de SACO CHEIO da Isabella.

Tudo começou neste fim de semana, quando meus amigos e eu (lembrei do Chaves... Então!) estávamos andando insanamente pelas ruas noturnas de Cuiabá, depois de algumas cervejas baratas e vinhos quentes. Começamos a filosofar com copos e garrafas alcoólicas na mão, e até que chegou o assunto da vez: Caso Isabella.
Sinceramente, já estou cheia deste assunto MESMO. Não me venha com o papo de “nossa, que menina fria”, mas não só acho, como tenho certeza, que a própria mídia me fez cansar deste assunto. A pobre menina deve estar se remexendo em seu cachãozinho, por não deixarem a sua “morte” em paz.

Mas enfim, depois de tanto discutir, meu amigo Yuri me solta uma:

“Me joga da janela, me chama de Isabella”

Estranhamente (?) achei aquilo hilário! Como é bom achar graça do que não pode. Rir da desgraça dos outros, pra ser mais exata.
Mas tudo isso me fez pensar no quanto ficamos céticos em relação a famosa menina de cinco anos que morreu asfixiada e depois jogada do 6º andar.

Enfim, chegamos ao ponto onde queria: O BIG SISTER ISABELLA!

O “bafafá” chegou à minha sala. E uma vaga lembrança me veio em mente: Todo o início de ano pode estar morrendo crianças jogadas do prédio todos os dias, mas o que as pessoas mais comentam é sobre o tal do BIG BROTHER, inclusive na minha sala. A única diferença nisso tudo é que o caso Isabella não tem dias da semana marcados para a “eliminação”, “paredão” ou coisa do tipo.
Em meio a comentários clichês do pessoal e da minha irritação - pois não estava conseguindo resolver um exercício chato de uma professora chata – comecei a pensar sobre o assunto, e defini papéis para cada personagem. O caso é sensacionalista do mesmo modo, só não tem bombadões de sunga branca e siliconadas com mini-saias, desfilando ao redor da piscina, para garantir um site paparazzo pelo menos.

Os papéis são estes:

A Isabella faz papel do “Anjo” que os “malvadões” e interesseiros – no caso, o pai e a madrasta – fazem de tudo para ser “abençoados” e receber a “imunidade” de não ir pra cadeia ou o paredão da vida real.
O líder é a mãe Ana Carolina de Oliveira, o que para as principais manchetes de hoje, um comentário dela pode ser fatal.
E quem faz o papel do “Bial” é o juiz. Que com o clamor do público, anunciou aos malvadões sua permanência no paredão do chilindró.

Agora, me respondam: Quem irá ganhar o milhão?

Com certeza alguém que vemos, escutamos e lemos todos os dias, e que de certa maneira direta, nos faz acreditar em tudo que ela lança: A mídia.

E viva o sensacional!

domingo, 4 de maio de 2008

Belos e Prostitutos

Já se foi a época em que Hollywood era desmoralizada por causa de seus atores terem filhos “ilegítimos” ou traições um tanto “devastadoras” com prostitutas ou com qualquer outra pessoa. Mas o que as fãs não aceitam de forma alguma é de seus “sonhos de consumo” serem gays.
Um exemplo clássico que temos, daquele “rostinho bonito” que mais faz parte dos sonhos das jovens daquela época, é o ator Rock Hudson. Que terminou sua vida humilhantemente com o HIV positivo em outubro de 1985. Hudson fez muito sucesso na década de 50 e 60 nas telonas do cinema, sempre com o papel de galã machão, talvez pela sua estatura física de quase dois metros de altura, másculo e é claro, bonito. Os boatos sempre rondavam sobre a opção sexual do galã, mas não havia confirmações. Até que com 30 anos de idade e ainda solteiro, seu agente Henry Willson decidi arranjar um casamento arranjado ao ator, para que os boatos fossem “abafados”. Rock casou-se com a secretária de Willson durante 17 meses – tempo suficiente para que se prove a masculinidade de um homem. Mas Hudson jamais deixou de ir em festas gays para se divertir. Mas toda esta diversão acabou na Aids, o que consequentemente acabou com sua fama e prestigio.
Vários testes do sofá foram feitos em Hollywood. Muitos jovens atores e talentosos tiveram que se deitar com diretores ou com pessoas influentes no cinema para que pudessem chegar ao estrelato. Ramon Novarro, um mexicano com o atlético forte e bonito, trabalhou durante cinco anos em Hollywood como garçom e figurante de filmes, até que encontrou a pessoa certa, o diretor irlandês Rex Ingran, que era homossexual assumido e se apaixonou pela beleza mexicana que Ramon oferecia. Em 1925 o ator estrelou no clássico Bem-Hur, ainda no cinema mudo, Novarro finalmente se tornaria o ídolo das mulheres do mundo inteiro, que jamais suspeitaram de sua homossexualidade. Com a vinda do cinema falado, Navarro não teve tanta sorte. Então afastado das telonas, Ramon não precisou se casar ou esconder sua opção sexual. Mas em 1968 com 69 anos de idade, Navarro levou dois jovens rapazes para seu apartamento a fim de transar, tragicamente foi brutalmente assassinado a facadas pelos mesmos. Triste fim a um dos maiores galãs do cinema mudo.
O rei do terror, Vicent Price, nunca escondeu ser homossexual. Apesar de ter se casado três vezes e ter dois filhos. Têm ainda os bissexuais como Carry Grant, Marlon Brando, Jack Palance e Mel Ferrer. E também os gays autênticos e assumidos, como Richard Chamberlain, Dirk Bogarde, Chris Saradon e César Romero – estes bem promíscuos que jamais se importaram com a perda de popularidade por conta disso. Mas houve um ator muito promissor, que arruinou sua carreira por ser preso várias vezes em banheiros públicos de Los Angeles seduzindo meninos menores de idade em troca do estrelato, o boa pinta George Maharis. Fez muito sucesso na TV com o seriado Rota 66. Maharis pegou ao inverso o preço da glória.

Obs: Só para ter um post legal.




Fotos TM

O carequinha da lojinha
A lojinha
E se entregou ao vento...
Poesia, o verbo e a saudade
Tua verdade fazendo escola
Separô pra pensar?
Iria só até o fim, traria tudo e mais um pouco de mim

Camarada

Nenê


Baixo

Gabi
"Minguado"
"Aranha"
Picashu

Fernando Anitelli


Só enquanto eu respirar...

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Só para Raros

Já faz algum tempo que não faço aquelas típicas postagens “sobre o meu dia”, mas ontem foi tão “mágico”, que não me cogitei em registrar.

Era um dia com o tempo fechado e frio – ainda mais pra uma cuiabana que deixou sua cidade a um calor típico de 40 graus diários -, mas a minha animação estava bem radiante, debatendo o clima campo-grandense.
Tudo estava marcado às 22h, mas por imprevistos, fui pega pela minha já “parceira” Carol, às 23h e uns quebrados.
Chegando lá, estava um frio ainda mais cortante, mas foi uma chegada feliz, pois chegamos junto com a van da “trupe” mais esperada da noite: O Teatro Mágico. Fiquei parecendo aquelas tietes que nunca viram alguém relativamente famoso a sua frente, foi constrangedor, mas engraçado.

O local era cercado por muitas árvores, o que conseqüentemente trazia um frio maior, mas também estava um aglomerado de gente dentro, o que amenizava a temperatura. Fomos pegar uma cerveja, e deparamos com uma roda bem animada com artistas apresentando músicas de maracatu, batidas animadas e gritantes, o que ajudou mais ainda. Logo ao lado, havia uma lojinha com um carequinha e um moço que não passava à despercebido com a sua “cabeleira” enorme com um pente engarranchado entre eles, uma figura verdadeiramente bizarra. Eu e a Carol chegamos mais perto, vimos alguns produtos, trocamos idéia com o carequinha da loja, que se apresentou como Odácio, pai de Fernando Anitelli – vocalista da banda. Um senhor muito simpático, tanto que tiramos uma foto juntos e acabei ganhando um DVD e alguns adesivos. Lógico, não deixei de comprar uma camiseta e o EP da tal banda mais esperada por minha pessoa.

Fomos direto nos posicionar em um local estratégico de boa visão para o palco. Chegamos a empurrar muitas pessoas para chegar onde gostaríamos, mas isso é um mero detalhe.
As luzes se apagaram, aquela expectativa toda não deixou a desejar. Finalmente o som começou a rolar. Cada membro da banda, com seus rostos pintados, vestidos com roupas coloridas começam a entrar tocando seu instrumento alegremente e no fundo os famosos dizeres: “Senhoras e Senhores. Respeitável público pagão, Bem-Vindos ao Teatro Mágico, sintam-se à vontade”. Minha empolgação foi a mil, sem economizar gritos e pulos contagiantes.
Apresentações circenses, com equilibristas, acrobatas e tudo mais, fazendo parecer que apenas o céu era o limite para a noite.
Poesias e versos não faltaram durante o espetáculo. É muito bom quando você participa de um show de verdade, cantando todas as músicas e dançando no mesmo compasso. Parece que você está lá em cima do palco, junto com todos aqueles artistas que te fazem feliz sem pedir nada em troca. Muitos que estavam ao meu redor, ficavam olhando “torto”, com aquela pergunta estampada na testa “da onde ela conhece essa banda pra cantar todas as músicas?”. Foi realmente bem engraçada essa parte.

Tentei aproveitar cada acorde tocado desta noite. A melodia brinca com os dizeres das letras, tratando nossa árdua realidade com tudo de bom que a arte em si pode oferecer. Sua interpretação, seu cântico, seus dós, rés, mis, sustenidos, bemóis e outras notas mais, capazes de embriagar o mais são presente.
Parecia que cada música fazia parte de algum fato que presenciei em algum lugar de algum momento da minha vida, uns tristes, outros alegres, outros sem sentido, mas todos com o seu significado especial. Mas quando finalmente chegou A MÚSICA, meus sentidos se exaltaram, se misturando ao todo. O anjo mais velho, uma das músicas mais presentes no meu dia. É bem daquelas que você não sabe se sente raiva, amor, ódio, tristeza ou qualquer coisa ligada a sentimentos, só sei que cantei o mais alto que pude, e com toda a emoção que existe em meu peito. Foi um dos momentos sem iguais, que por mais estranho que seja jamais esquecerei. Finalmente, de certa maneira, me senti importante. Sou rara.

E sim, só enquanto eu respirar vou me lembrar...

em breve, fotos do show.