domingo, 24 de julho de 2011

Primeiro dia em London

Oi, pessoas!

Bom, como alguns já sabem, agora estou em uma nova etapa da vida: vim morar em Londres! E, de acordo com as leis britânicas, eu só posso ficar nos próximos 11 meses por aqui (mas se eu arranjar um gringo gacto e cheio da grana, talvez isso mude!).

Hoje (data que estou escrevendo este texo, pois não sei quando irei posta-lo exatamente) é dia 24 de julho de 2011, às 00:39 exatamente. O tempo está semelhante com o que eu deixei Cuiabá - meio friozinho, ventando.

Tive quase 24 horas de viagem, não sei ao certo, porque esse fuso-horário me confunde muito. E aviso que foi beeem cansativa a vinda pra cá. Quase não dormi no voo, pois o dia aqui começa às 1h e pouco da manhã daí (horário de Cuiabá). Complicado!

O percurso de tudo foi de Cuiabá - São Paulo - Miadrid (Espanha) e finalmente London. O aeroporto espanhol de Barajaras é maravilhoso! Isso sim que é eficiência em questão de aviação (coisa que a gente não vê com muita frequência no Brasil). O mesmo digo para o daqui (apesar de eu ter ficado meio perdida).

Me senti na necessidade de dividir com vocês o que fazer e levar durante essas longas viagens. Vou resumir em tópicos:

- Leve sempre uma toalhinha de rosto na mochila. Elas são muito úteis em muitas situações, acreditem.

- Leve uma mochila (super importante!!)

- Se você não sentir fome na hora que servirem a comida no avião, guarde-a. Nunca se sabe a que hora você vai sentir fome de verdade.

- Contrate um serviço de translado antes de vir pra cá. O aeroporto fora da cidade, ou seja, longe de tudo! O mínimo de taxi que vocês vão gastar é de 100£.

- MP3 pra vida! Principalmente com algum álbum dos Beatles gravado.

- Câmera fotográfica na mão, off course.

- Um livro ultra legal! Pois tédio é o que não falta nessa viagem.

- Remédios para dor de cabeça. (me arrependi de não ter levado um comigo).

- Guia, mapa, ou qualquer coisa parecida.

- Uma blusa de frio. (Isso vai depender muito da época que você decidir vir. Como eu cheguei no verão, uma blusinha leve de frio de Cuiabá está de bom tamanho).

- E por fim, não menos importante, MUITA, mas MUITA disposição no corpo e alegria no coração.

Quando pisei nessa terra, eu nem acreditei! É muito sonho para um único acontecimento.

Tudo bem que passei algumas frustrações no aeroporto. Apesar de eu ter recomendado o serviço de translado, o meu atrasou um bocado! E eu tive que pagar 10£ para comprar um tipo de cartão telefônico dos infernos para não saber mexer. Sorte que o motorista chegou à tempo, antes de eu cometer a burrada de pagar um taxi e gastar tudo que tenho pra chegar na casa.

O motorista... este sim me intrigou. Não lembro o nome dele, mas ele é parquistanês. Deu para saber na hora que ele não era daqui, não somente pela aparência, e sim, pelo sotaque. Durante o grande trajeto que tivemos do aeroporto à casa, ficamos conversando um bom tempo. O que me deixou chocada? Ele nunca ouviu falar de Beates!!! Fiquei até sem graça depois que ele olhou para a minha cara de inconformada, falando "My God! How???". Enfim...

Atualmente estou em casa de família. Minha nova "mãe" se chama Monica Findlay. Ela é jamiacana, residente em Londres há muito tempo. Aqui mora a filha dela também, mas eu esqueci o nome dela. Há somente uma estudante, além de mim, aqui. O nome dela é Lylia e ela é russa. Todas foram muito simpáticas e receptivas. Uns amores!

A comida ainda é meio estranha pra mim. Muitas batatas no jantar e linguica com feijao no café... Mas, para evitar isso, comprei algumas frutas pela manha. Vou me forcar, a come-las. Juro!

A casa é bem estilo londrino de se ver: aparentemente um sobrado, porém onde moram duas famílias diferentes, uma em cima e a outra em baixo. Estreito, quartos amplos, escadas por todo canto, cozinha com armários e eletrodomésticos embutidos, e assim por diante.

Aqui é relativamente perto de tudo, como me disseram. Localizado na Zona 3, em Leyton, que é um pouco longe do centro, mas com estações de metrô próximas. Ainda não andei direito por essas ruas, pretendo levantar cedo amanhã (ou mais tarde, depende do ponto de vista) para dar uma de britânica e caminhar muito por aí.

Bom, é isso! Pelo pouco que vi das ruas, aqui é uma cidade maravilhosa que vale a pena todos conhecerem! Espero que os próximos meses sejam maravilhosos como a chegada.

Até a próxima!