segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Dias em Praga - a "Pérola do Oriente"

Para quem acompanha meu Facebook, sabe que eu passei alguns dias fazendo um pequeno "tour" (desta vez, consecutivo) por alguns países da Europa. Minha primeira parada, no entanto, foi em Praga, na Repúbloca Tcheca.

Em meios às pesquisas e comentários de amigos, fiquei bem animada sobre a minha visita por lá, pois absolutamente todos me recomendaram pela cidade ser maravilhosa e cheia de cores. Bom, só pude confirmar chegando lá e realmente não me decepcionei, apesar do frio que chegava aos -14°C.

Rio Vltava - quase congelando

neve

e mais neve!
Tudo estava nevando e minha pele ardia com vento congelante que atravessava a cidade. Mas, apesar destas dificuldades 'naturais', é muito fácil andar por lá - além de tudo ser bem barato também. Começando pelo ônibus que nos levou do aeroporto até o centro, que custa menos de £1, mas no nosso caso de graça, pois o motorista foi com a nossa cara. :)

O 'hostel' que ficamos foi o Mosaic. As aspas indicam que o albergue não era tão albergue assim, e sim, digno de um hotel com muitas estrelas! Dividimos o quarto com 20 pessoas, porém era bem organizado e um tanto privado, além de um banheiro extremamente limpo. No próprio saguão há um barzinho bem bacana, com um palco considerável. Cada dia da semana tem uma apresentação diferente, e, por sorte, ficamos na noite do Blues. Foi maravilhoso!

Andamos pelo Staré Mésto, ou "cidade velha", como muitos 'centros' das cidades históricas europeias são chamados. O dia estava nevando muito, o que nos deixou consideravelmente preocupadas por conta do gelo em nossas roupas. Compramos capas de chuvas que ajudaram muito na proteção, mas que acabaram com a nossa aparência, deixando-nas parecendo fantasmas com anomalias irreparáveis. Mas tudo bem!

Buh!

pose

super congelando
Nosso passeio foi bem rápido e concentrado no mesmo lugar. Andamos por toda a cidade velha, mas não entramos em museus - como o da 'tortura', que traz diversos artefatos da época, bem bizarros até -, mas apesar de tudo, o que vimos nos impressionou. Cada rua de Praga é como se fosse uma obra de arte, digno de uma bela pintura. O branco da neve, que cobria os casarões, ainda contemplava mais a beleza do lugar. Visão inspiradora, diríamos.

A verdadeira 'porta de entrada' para o mais belo de Praga é o "Portão de Pólvora", construído em meados do século 11. Lá você pode subir todos os 186 degraus, com 44 metros de altura por um preço considerável. Lá do alto pode-se ter uma vista privilegiada da cidade.

japoneses e seus passeios turísticos (isso não me inclui, procede?)

guardinha muito bacana na porta do 'portão'

Portão de Pólvora seguido de uma ponte muito bacana
O mais interessante dessas caminhadas é voltar a mais ou menos 600 anos antes, podendo-se quase ver as pessoas com roupas da época andando pelas ruas. Fascinante! Uma super recomendação é ir ao 'Oldest Medieval Pub', que fica nos arredores (não sei bem onde, mas abaixo vai uma placa do local). O bar é totalmente diferente do que eu já vi na vida. Entramos e já sentimos um forte clima medieval, começando pelos atendentes que se vestem com roupas da época e ainda servem canecas de cerveja, batendo-as com força na grande mesa de madeira.

rua do bar


ainda sinto o chulé
Ainda sobre o bar, tudo dá um certo 'medinho'. Parece que a qualquer momento um viking ruivo e barbudo, com um capacete de grandes chifres e com um machado gigantesco na mão vai entrar pela porta e gritar por uma caneca de cerveja. Até o cheiro tem um "Q" de séc. XV, pois, em todas as partes do bar há objetos, como botas, couraça, chicote, coisas de tortura, facões, entre outros. Um verdadeiro 'castelo do terror' de um parque de diversão que se prese.

dentro do bar
Logo abaixo, na parte subterrânea do local, pode-se encontrar diversos crânios pelas paredes e tetos. E pasmem, eram de verdade! Agora, não me perguntem porque, pois eu não entendi nada do que o garçom me disse. Talvez os tchecos gostam de fazer obras de arte com restos mortais (pela fama), mas, independente da história, o medo é garantido!

beijinho

meda!

pose pra tortura
Queríamos muito ter aproveitado melhor o nosso pouco tempo em Praga, mas o frio congelante nos impediu. Tanto, que, a cada esquina tínhamos que parar em algum café ou bar para tomarmos algo que esquentasse o corpo (tequilas foram bem-vindas!), mas apesar disso, tudo foi maravilhoso e bem aproveitado. Foi uma pena ter deixado a cidade tão cedo, pois, como Kafka (um 'reles' antigo morador da cidade) disse: "Praga não deixa a gente ir embora, esta velha tem garras". E se tem ;)

'olhar para o horizonte'. Linda Praga!

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Stratford-Upon-Avon

Não muito longe da capital inglesa encontra-se uma pequena cidade popularmente chamada de Stratford. Conhecida por ser lugar de nascimento do poeta e dramaturgo William Shakespeare, o lugar é resumido pela calmaria de uma cidade do interior, com muitos velhinhos aposentados tomando chá há cada esquina.

Recomendo a visita de um dia (no máximo) para aqueles que já moram pelas redondezas, ou para os que são apaixonados por Shakespeare, pois não há muitos lugares para se visitar pelo tamanho da cidade, que não passa de seus 20 mil habitantes.

Logo perto da estação de ônibus há uma pequena escultura de Shakespeare rodeado com os seus quatro principais personagens, como Hamlet (com a famosa posição sentado, pensativo e com um crânio na mão), Lady Macbeth, Prince Hal e Falstaff. Uma boa pedida fotográfica logo no início da excursão!

estatuas
Logo menos encontra-se a igreja, a Holy Trinity Church, onde o poeta está enterrado até hoje ao lado de nomes importantes da coroa inglesa. Apesar disso, é claro que a grande atração não poderia deixar de ser o mesmo, não é?

Holy Trinity Church

Túmulo de Shakespeare

imagem acima do túmulo
Para chegar mais perto do altar, onde o poeta está enterrado, deve-se pagar um preço simbólico (que, no meu caso, foi de £2, por ser estudante). O lugar é repleto de detalhes em ouro, além de uma estatua de Shakespeare, como se ele fosse um verdadeiro santo padroeiro do local. Além disso, há uma lojinha logo na entrada da igreja, com suvenirs de diversos tipos - o mais curioso foi achar 'pedras' da igreja, vendidas por £2,50 cada. Quer dizer...

Porém, na verdade, os pontos turísticos mais visitados são as propriedades de Shakespeare, como a Hall's Croft (casa de Susannah, sua filha), a New Place (lugar onde o poeta viveu boa parte de sua vida até o falecimento em 1616) e a Shakespeare's Birthplace, lugar de nascimento, que se tornou um tipo de museu, com objetos originais da época.

Shakespeare's Birthplace

Hall's Croft

New Place
Enfim, um lugar bem tranquilinho para se passar o dia. Apesar de rápida, a visitinha foi bem informativa e cultural. Recomendo :)

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Viagem por Dublin, Irlanda

Apesar de, na hora, estar extremamente cansada de viagens (depois de Liverpool e Genebra, praticamente em dias consecutivos), Dublin era uma cidade em que eu realmente queria conhecer. Diferente das outras, que estavam fora do meu roteiro de viagens, esta já tinha planos antes mesmo de vim morar na Inglaterra.

Fundada por vinkings, em meados de 1170,  Dublin pode ser considerada uma cidade totalmente escandinava pela riqueza da arquitetura local. O lugar é particularmente cinza, com ar medieval, mas com pessoas extremamente acolhedoras, educadas e amigáveis (apesar de alguns ocorridos). Como fui no início de janeiro (dias 06, 07 e 08), o tempo ainda estava um pouco gelado, mas nada que impedisse um bom passeio pelos pontos turísticos e bares (claro).



Hostel

Fiquei hospedada no Globertrotter/The Townhouse, localizado bem na região central. Super recomendado, pois o albergue me impressionou bastante. Primeiro por ter muita cara de 'hotel boas estrelas' começando pela recepção. O quarto em que ficamos foi dividido com mais 12 pessoas, porém ele era dividido, nos dando mais privacidade. O café da manhã, nem se fala! English Breakfast para acabar com o regime de qualquer um (além de ser incluso)!

Primeiro dia

O primeiro dia foi basicamente como todas as viagens: deixamos as coisas nos quartos e fomos dar uma olhada pela cidade. A impressão de cinza é muito certo, porque além do tempo estar completamente nublado, os monumentos em geral contemplavam ainda mais a cor um tanto medieval. Mas isso não era ruim, pois a cidade é realmente muito bonita com várias atrações turísticas para se visitar.

Começamos vendo a "Agulha", uma torre (?) com 120 metros de altura. Não sei muito bem a funcionalidade daquilo, mas o negocio é bem grande, capaz de você trombar um pouco para trás tentando ver a ponta. Logo menos o rio Liffey se encontra, com diversas pontes cortando por ele. A paisagem é linda, o que rendeu muitas fotos.

alguém muito famoso


Pela noite fomos rodando pelos barzinhos próximos. Passamos pelo Hard Rock Cafe para tirarmos algumas fotos e depois fomos a um pub com música ao vivo. Tudo corria bem até que um garçom irlandês fazer uma  brincadeira 'não muito agradável', insinuando que as brasileiras são putas. Fora isso, tudo bem! :)

Segundo dia

Tivemos a oportunidade de andar mais pela cidade. O interessante da Irlanda é que diversos autores literários nasceram por lá, como Plunkett, Lorde Dunsany, Jonathan Swift, entre outros. Eu particularmente adoro Oscar Wilde, o qual tive um contato maior com a obra meses antes de vim para cá. Enfim, você pode encontrar estátuas de diversos deles pelas ruas de Dublin, o que já dá aquele prazer literário, como se tivesse um contato maior além dos livros deles.



Apesar de ser uma cidade relativamente grande, a capital irlandesa não é muito difícil de andar. Em poucos minutos você pode encontrar pelas redondezas do rio, no centro, a Four Courts, a Câmara Municipal, Leinster House, Trinity College, entre outras atrações grandiosas da arquitetura europeia.

:)

lojas

Camara Municipal


O dia foi para conhecer estes pontos 'menos conhecidos', pois preferiríamos deixar os maiores para o final, para não desanimarmos no último dia. Apesar da 'canseira' da caminhada, a noite deste dia foi extremamente divertida apesar (também) de algumas coisas um tanto 'azaradas' terem acontecido, mas deixa isso pra lá.

Fomos ao bar The Celt. Típico pub irlandês com muitos retratos antigos pendurados, além de imagens de gnomos e trevos de quatro folhas. Para contemplar ainda mais com o ar da cultura local, às 9h em ponto começa uma banda tipicamente irlandesa, com músicas bem divertidas, bem parecidas com aquelas da cena do filme Titanic, no qual a Rose vai para a ala 'pobre' do navio e dança roda o tempo todo. Foi muito bacana! Além das boas Guinnes que tomamos durante a noite inteira.

Guinnes, Marina e Lorena - parceria perfeita!

até mamei! hehe

para dar sorte!


Terceiro dia (último)

Acordamos com uma certa ressaca, mas nada que impedisse mais boas andadas. Finalmente visitamos a Catedral de St. Patrick, parada obrigatória em Dublin. O lugar remete uma representatividade grande da capital e também onde se comemora o St. Patrick's Day, tradicional festa irlandesa ocorrida todos os anos em abril.

St. Patrick


lindo!


Depois visitamos o castelo Malehide, com total estilo medieval com histórias bem interessantes sobre guerreiros que ficaram anos presos por aquelas pedras com cinco metros de largura, além de comentários entre os bastidores da antiguidade. Lindo demais!

Com as horas chegando, pegamos o ônibus de volta ao aeroporto. A viagem foi maravilhosa e mais do que esperava. Apesar dos contratempos, recomendo Dublin para quem estiver interessado em boas histórias e cerveja, além do modo geral do povo que vai deixar saudades.

Recomendo mesmo!

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Saudade...

Matéria da Bruna Pinheiro sobre a saudade...

Foi bom ter essa conversa com ela, pois comecei a repassar na memória tudo que sinto mais falta. É, apesar de tudo que está acontecendo por aqui, sinto imensa saudade de tudo e de  todos da minha calorosa cidade.


Amo vocês.

Stonehenge e Bath na Gazeta de Cuiabá

Olha que lindo! Mais uma vez o meu texto foi publicado no jornal A Gazeta, de Cuiabá, contando sobre uma das sete maravilhas do mundo, Stonehenge, e também sobre uma das cidades mais singelas que já visitei, Bath.
Obrigada, mãezinhaa!

Ps.: Eu sei que o dia está acabando, mas não custa nada passar na banca e comprar o bom e velho jornal para dar uma folheada, né?


Beijos!