segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Concertos Populares da Orquestra do Estado de MT


Este final de semana, mais precisamente no dia 21, estive na cidade de Sapezal, interior do Estado, para conferir o último dia da turnê da Orquestra. Acompanhei todos os detalhes da apresentação - inclusive o churrasquinho pós-espetáculo na casa dos Maggi, além das bebedeiras noturnas nas ruas e nos botecos perdidos do município, hehe.
Todos os músicos, produtores, enfim, as pessoas que fizeram parte do projeto foram super receptivas, me senti em casa.

Enviada especialmente para pegar as impressões do evento, fui toda meio acanhada mas confiante, enfrentando horas de estrada para ver tudo de pertinho. O texto a seguir será capa do Folha3, da Folha do Estado de amanhã. Mas para vocês conferirem com antecedência, vou postar aqui. Depois me falem o que acharam, sei lá :)

Não levei a câmera para tirar fotos, pois a minha mala estava muito pesada - sabe como é, né? Produtos de sobrevivência e tudo mais me impediram de levá-la... -, então peguei uma do blog oficial do concerto, que você pode acessar aqui. O crédito vai para Rosano Mauro.


Agora, chega de delongas. Confira o texto:

A volta dos Concertos Populares da Orquestra do Estado de Mato Grosso, que está na ativa desde 2005, foi marcada por muita admiração do público mato-grossense. Passando pelos municípios de Cuiabá, Campo Verde, Rondonópolis, Nova Mutum, Lucas do Rio Verde, Sorriso, Campo Novo, e por fim, em Sapezal. O Folha3, a convite da Orquestra, esteve presente nesta última cidade, no dia 21 (sábado), para conferir as impressões e o resultado desta turnê que tem como objetivo levar a música de concerto para o público em geral.
Localizada na região norte do Estado, Sapezal fica a 480 km da capital. Apesar da cidade ser relativamente pequena, com os seus 14 mil habitantes, a Orquestra, juntamente com uma grande estrutura de palco e luz digna de uma grande apresentação, conseguiu chamar uma parte considerável da população. O público se acomodou em todas as cadeiras disponíveis e como pôde para apreciar o espetáculo.

CONCERTOS POPULARES

A Orquestra, regida pelo maestro Leandro Carvalho, preparou o Concertos Populares com a intenção de alcançar o grande público, e assim, popularizar a música de concerto com grandes profissionais do ramo.
“Todo ano as apresentações são especiais para esta proposta. Para se ter uma ideia, em seis anos nós fizemos mais de 450 concertos e nunca repetimos o repertório”, revela Carvalho, que procura levar músicos já acostumados com a rotina pesada de ensaios. “Por isso buscamos grandes profissionais que são treinados a sentar e tocar”, completa.
No total de oito cidades percorridas, inclusive a capital, a Orquestra se apresentou em praças e locais públicos, com um repertório que viajava pelos vários cantos do Brasil, indo de norte a sul, provando ainda mais que o país se mostra multi-cultural, principalmente em se tratando de música.
Dentre as composições selecionadas, constaram cirandas de Lourenço da Fonseca Barbosa, as marchinhas carnavalescas da revolucionária Chiquinha Gonzaga, o frevo do maestro Elpidio dos Santos, as canções folclóricas de Gregório Molina (1938) & Mario del Tránsito Cocomarola, as gauchezas de Gilberto Monteiro e R.S. Rios - que tirou longos suspiros do público, que em sua grande maioria era de origem sul-rio-grandense.
Não faltaram também as cuiabanisses fortes e animadas de Tote Garcia e Mestre Albertino, canções que se mostraram mais marcantes no repertório. Por fim, mostrando o Brasil central, foram executadas composições de Roberto Corrêa. Ele esteve presente nos concertos pelo interior do Estado ao lado da Orquestra, mostrando o melhor da viola caipira e da viola de cocho.
A junção destes dois instrumentos obteve um resultado singular. A mistura do clássico erudito do violino com as dedilhadas da lisa canção da viola caipira e das graves violas de cocho formou um casamento inspirador, firmando a proposta do repertório: a de levar a música a população, mostrar que a Orquestra também atende ao gosto de um público de diferentes tribos e idades.

PÚBLICO

O jovem estudante Tiago de Matos Santos, de 14 anos, esteve presente na apresentação e demonstrou atenção a cada nota tocada e regida pelo maestro Leandro Carvalho: “Achei ótimo por ter vários instrumentos. Eu nunca tinha visto este tipo de apresentação, é uma novidade para a minha cidade e uma oportunidade única para conhecê-los. Espero que eles voltem mais vezes”.
Quem também se cativou pelo espetáculo foi a professora aposentada Maria Shirley Capelari, de 70 anos. “Este espetáculo é importante para a cultura de Mato Grosso. O povo de Sapezal necessita de apresentações assim. Achei uma excelente ideia”.
A energia que a Orquestra passava através das canções, mostrando uma faceta da ‘brasilidade’ do nosso país, estava estampada nos olhos atentos de cada pessoa presente no público de Sapezal. A resposta disso tudo foi reconhecida ainda por Leandro Carvalho, que disse estar satisfeito com o resultado de toda a trajetória dessa turnê.

SITE

Para conferir mais impressões através de fotos e vídeos feitos durante os espetáculos dos Concertos Populares 2010 e também para saber das próximas apresentações, acesse o site da Orquestra: http://www.orquestra.mt.gov.br/omcj/bra.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Edith Piaf - Non, Je Ne Regrette Rien

Depois de uma tentativa frustrada de postar aqui um texto sobre Alberto Caeiro, vou colocar uma música que quero muito mesmo escutar futuramente com muito sentido.
E a voz da vez é de Edith Piaf...
A música que aqui coloco fala muito de "não-arrependimentos", o que eu acho muito válido em vários momentos da vida - apesar de também muitas vezes dar vontade de voltar e fazer tudo de outra forma.
Ah, depois eu quero escrever um texto sobre ela... a história desta linda cantora francesa, que foi retratada também no filme de 2007 chamado Piaf - Um Hino de Amor (o que eu ainda não sei o porquê de não tê-lo visto), é bem cativante. Li em alguns blogs e wikipedias da vida. Sei lá, se pá, eu animo de compartilhar a minha visão. Agora, aproveitem o som.



"Non... rien de rien...
Non... je ne regrette rien
Car ma vie, car mes joies,
Aujourd'hui, ça commence avec toi!"

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Janis, a Joplin


Estava eu aqui com os meus falhos pensamentos, quando decidi do nada baixar algumas músicas desta tão falada roqueira, que até hoje (até onde sei) não recebe um 'ar' preconceituoso dos adoradores do rock n' roll: Janis Joplin.

Digo olhar preconceituoso, pois nesta minha limitada sabedoria sobre o estilo, não conheço nenhuma roqueira que se preze, que não foi comparada a uma puta, vagabunda e afins. Exemplos muito simples são de Debbie Harry, a linda vocalista da banda new wave e punk rock Blondie, ou não precisamos ir muito longe, como a eterna 'ex-mulher do Kurt Cobain', Courtney Love - esta, não preciso nem comentar muito.

Enfim, voltando a falar da Janis. Uma garota de cabelos volumosos, que não aparentava muita beleza, porém pegou uma "boiada" de homens - e talvez mulheres - que muitos dariam o sangue por uma noite. Sim, acho que ela merece um destaque maior por ter se safado desta fama, apesar de ter aprontado poucas e boas. Engraçado que os roqueiros pegadores não são tão taxados como as mulheres, porém a Janis soube driblar muito bem essa imagem.

Ela que se fortaleceu juntamente a sua rouca voz, à luzes do power flower, época em que muitos lutavam erguendo dois dedinhos da mão, simbolizando a paz e o amor, em meio a muito sexo, drogas e rock n' roll. Vida desvairada que acabou encontrando as areias de Copacabana, no verão de 1970, para dar uma trégua no blues e escapar da heroína - dizem que aqui não existia a droga na época, o que eu duvido proporcionalmente.

Realmente, segundo aos textos que li, a mulher fez e aconteceu nos poucos dias de brasilidade. Foi expulsa do hotel luxuoso, o Copacabana Palace, por ter nadado nua na piscina; bebeu e cantou em bordéis 'requintados' da capital fluminense; fez topless na praia de Copacabana; tentou desfilar em alguma escola de samba, entretanto um segurança a barrou por conta de suas roupas hippies (preconceito, hein! Se ele soubesse quem estava barrando...); quase foi presa; e dizem por aí que até teve um affair com o roqueiro brasileiro Serguei... Aí caiu na loucura mesmo!




Oito meses depois de suas loucuras tupiniquins, Joplin morreu aos 27 anos, entrando na lenda dos 3 J's, ao lado de Jimi Hendrix e Jim Morrison, ambos que também morreram na mesma idade, e eram doidos como tal. Apesar de toda essa vida insana, acredito que ela viveu intensamente, dentro da loucura dela. Não que eu que eu concorde e aplique isso na minha vida, ou ache que esta é a melhor forma de ser resolver conflitos pessoais, mas acho que cada um tem um estilo de vida, e é difícil questionar diretamente. Ela teve apenas um amor, que morreu durante a guerra do Vietnã, não teve filhos, todavia seis meses se passaram depois da sua morte e o álbum póstumo Pearl foi lançado, no que resultou em um sucesso absoluto, um verdadeiro fruto de seu talento incontestável.

Sim, a respeitem. Não só a ela, mas a todas as roqueiras que carregam em seu sangue o gosto de todas as boas influências que se singularizam em um conjunto. Acredito que taxações já não devem fazer mais parte de uma fama ou de um reconhecimento. É a falta de conhecimento e interesse que resulta nisso, o preconceito com as demais artistas que se preze. E viva a loucura!

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Ain't No Sunshine - Bill Withers



I know, I know, I know...