Já faz algum tempo que não faço aquelas típicas postagens “sobre o meu dia”, mas ontem foi tão “mágico”, que não me cogitei em registrar.
Era um dia com o tempo fechado e frio – ainda mais pra uma cuiabana que deixou sua cidade a um calor típico de 40 graus diários -, mas a minha animação estava bem radiante, debatendo o clima campo-grandense.
Tudo estava marcado às 22h, mas por imprevistos, fui pega pela minha já “parceira” Carol, às 23h e uns quebrados.
Chegando lá, estava um frio ainda mais cortante, mas foi uma chegada feliz, pois chegamos junto com a van da “trupe” mais esperada da noite: O Teatro Mágico. Fiquei parecendo aquelas tietes que nunca viram alguém relativamente famoso a sua frente, foi constrangedor, mas engraçado.
O local era cercado por muitas árvores, o que conseqüentemente trazia um frio maior, mas também estava um aglomerado de gente dentro, o que amenizava a temperatura. Fomos pegar uma cerveja, e deparamos com uma roda bem animada com artistas apresentando músicas de maracatu, batidas animadas e gritantes, o que ajudou mais ainda. Logo ao lado, havia uma lojinha com um carequinha e um moço que não passava à despercebido com a sua “cabeleira” enorme com um pente engarranchado entre eles, uma figura verdadeiramente bizarra. Eu e a Carol chegamos mais perto, vimos alguns produtos, trocamos idéia com o carequinha da loja, que se apresentou como Odácio, pai de Fernando Anitelli – vocalista da banda. Um senhor muito simpático, tanto que tiramos uma foto juntos e acabei ganhando um DVD e alguns adesivos. Lógico, não deixei de comprar uma camiseta e o EP da tal banda mais esperada por minha pessoa.
Fomos direto nos posicionar em um local estratégico de boa visão para o palco. Chegamos a empurrar muitas pessoas para chegar onde gostaríamos, mas isso é um mero detalhe.
As luzes se apagaram, aquela expectativa toda não deixou a desejar. Finalmente o som começou a rolar. Cada membro da banda, com seus rostos pintados, vestidos com roupas coloridas começam a entrar tocando seu instrumento alegremente e no fundo os famosos dizeres: “Senhoras e Senhores. Respeitável público pagão, Bem-Vindos ao Teatro Mágico, sintam-se à vontade”. Minha empolgação foi a mil, sem economizar gritos e pulos contagiantes.
Apresentações circenses, com equilibristas, acrobatas e tudo mais, fazendo parecer que apenas o céu era o limite para a noite.
Poesias e versos não faltaram durante o espetáculo. É muito bom quando você participa de um show de verdade, cantando todas as músicas e dançando no mesmo compasso. Parece que você está lá em cima do palco, junto com todos aqueles artistas que te fazem feliz sem pedir nada em troca. Muitos que estavam ao meu redor, ficavam olhando “torto”, com aquela pergunta estampada na testa “da onde ela conhece essa banda pra cantar todas as músicas?”. Foi realmente bem engraçada essa parte.
Tentei aproveitar cada acorde tocado desta noite. A melodia brinca com os dizeres das letras, tratando nossa árdua realidade com tudo de bom que a arte em si pode oferecer. Sua interpretação, seu cântico, seus dós, rés, mis, sustenidos, bemóis e outras notas mais, capazes de embriagar o mais são presente.
Parecia que cada música fazia parte de algum fato que presenciei em algum lugar de algum momento da minha vida, uns tristes, outros alegres, outros sem sentido, mas todos com o seu significado especial. Mas quando finalmente chegou A MÚSICA, meus sentidos se exaltaram, se misturando ao todo. O anjo mais velho, uma das músicas mais presentes no meu dia. É bem daquelas que você não sabe se sente raiva, amor, ódio, tristeza ou qualquer coisa ligada a sentimentos, só sei que cantei o mais alto que pude, e com toda a emoção que existe em meu peito. Foi um dos momentos sem iguais, que por mais estranho que seja jamais esquecerei. Finalmente, de certa maneira, me senti importante. Sou rara.
E sim, só enquanto eu respirar vou me lembrar...
em breve, fotos do show.
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