domingo, 14 de setembro de 2008

Festival Jambolada 2008 - 2º Dia

"Loucura, loucura, loucura minha gente!" - acho que definiria o dia com as palavras do famoso narigudo.

Noite de sábado mais agitado, com batidas e sons diversificados e com muita energia mineira no espaço Acrópole. Pude conferir de perto e sem “imprevistos” toda a movimentação desta 4ª edição do festival de música independente Jambolada.
As bandas da noite estavam em um ritmo totalmente diferente das do 1º dia. Poderia se dizer que satisfazia os ouvidos de um emo até um metaleiro de pedra, ou poderia ser mais exata: de Mallu Magalhães à Ratos de Porão. Isso, galera! Não estou mentindo. A princesinha do folk dividindo o palco com os verdadeiros “monstros” do metal brasileiro. Chega ser engraçado imaginar muito isso. RS

Destaquei algumas bandas que me chamaram a atenção e fiz algumas observações:

Galinha Preta: De cara, a banda faz bem jus ao nome. A loucura dos caras em transmitir sua mensagem ao publico chegava ao 12. Nada do que a gente está acostumado a ouvir do som de DF – estado da banda. O vocalista chegava a dizer que estaria lá para chocar, sem agradar ninguém. De certa forma, ele cumpriu o que disse, mas agradou parte do público presente.

Krow: Metal sujo, é o que tenho pra dizer. Acho que vocês ao lerem isso, já pensam naquele “uooooh” com tom grave. Pois bem, é isso mesmo. Os caras souberam deixar o pessoal de pernas pro ar (literalmente). Posso dizer que os metaleiros ficaram mais animados só no show do Ratos – o que é óbvio.

Juanna Barbera: Uma pena, mas perdi boa parte do show – estava na feirinha ‘testando’ os produtos. Mas ainda consegui pegar a última música, o que não adiantou muita coisa para eu escrever com as minhas palavras o que rolou. Então, comecei a perguntar para a galera: “Show profissa!” – era o que simplesmente se ouvia. E posso crer. Pois, o primeiro show que vi (fevereiro de 2008) os caras surpreenderam com a suas letras poéticas em tons livres.

Dissidente!: Uma banda que não conhecia, mas que me chamou bem a atenção. O público cantava fortemente boa parte das músicas com os caras. Até as ‘groupies’ de plantão não economizaram seus gogós para apreciar o trabalho dos garotos. Senti uma mistura de sons, com mais pegada de blues, mas sem a voz rouca. Letras que refletem sobre os problemas sociais que estamos cansados de discutir, mas que é sempre bom relembrar.

Enne: Os emos que iriam curtir bem essa banda. Som tão romantiquinho que dá vontade de apertar as bochechas. Mas de certa forma os meninos procuraram misturar um pouco o ritmo da apresentação. Até tocaram a música do Foo FightersAll my life”. Sim, merecem respeito por minha parte.

Mallu Magalhães: Os 15 minutos da “princesinha do folk” estão sendo muito bem aproveitados. Os fãs histéricos tiravam totalmente a proposta do show: a de ser calmo e ‘bonitinho’. A voz da Mallu é algo para se discutir. Aquela coisa gostosinha de se escutar em horas apropriadas, pois as mesmas podem provocar certas sonolências do ouvinte. Mas vai, o show foi fofinho. :)

Diego de Moraes e o Sindicato: Uma das bandas mais esperadas por mim na noite. Mas que com certeza, muitas pessoas presentes esperavam mais. A intenção foi muito boa em colocar as “Antigas músicas novas” no repertório, como: "Todo Dia" e "Música Estranha pra Pessoas Esquisitas", mas esta primeira, apesar de ser muito boa, fez o povo dar uma encostada na grade com as mãos no queixo para ficar olhando o Diego sozinho no palco. Um ponto a se observar é que eles também pecaram em tirar músicas que eram fundamentais, como "Deus Seja Louvado" e "Construção", ou então acrescentar "Desculpe-me mas vou cantar em português", que ao meu ver, seria uma ótima música para acompanhar o ritmo das outras. É muito triste uma fã de carterinha falar isso, mas é.
Porcas Borboletas: Fazer o show em casa é outra coisa. Público mais agitado, conhecendo fielmente as novas músicas e integrantes mais animados. Os Porcas não decepcionaram. Mesmo que o público ainda esteja se adaptando com as novas músicas, o show foi bom demais!

Madame Sattan: Pode pensar no “uoooh” mais feminino ai, por que foi assim que se escutou do Madame Sattan. Já com algum tempo de carreira, o grupo mostrou mais uma vez que estão para ficar, e mostrar o que fazem de bom. Pará não tem só loira envolvida com Calypso não, minha gente!

Ratos de Porão: Apesar do estrelismo do baterista em não querer que a imprensa fique muito perto para tirar fotos, pois isso “perderia a concentração” do mesmo, o show foi bem redondo. Também, com quase 30 anos de carreira, era o que se poderia esperar. O fãs ficaram doidos, fazendo seus moshs e seus jumps corriqueiros. Empolgante, sim.
Para conferir parte das fotos (o flickr me boicotou), acesse: www.flickr.com/photos/fotosdasika

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