Neve, chuva e cebola
Chegamos já era a noite com chuva e neve. Não sei se é sorte ou não, mas pegamos a época em que faziam 30 anos que Roma não via gelinhos caindo do céu. O tempo, sinceramente, não poderia estar pior para a nossa chegada, pois tivemos que procurar o hostel com muito sofrimento de baixo de duas coisas que não combinam abaixo de 2°C.
Apesar da caminhada um tanto longa que fizemos, achamos os dormitórios. Instalados em um prédio, tudo parecia normal até termos um contato maior com os romanos (que eram mais brutos que qualquer coisa bruta que já se viu na vida) e com o quarto, que diga-se de passagem, fedia a catinga.
Acabamos conhecendo duas gaúchas muito queridas que estavam dividindo o quarto conosco. Diante ao mau cheiro, começamos a discutir sobre de onde ele vinha, até que um australiano (que também estava no quarto) revelou que guardava metade de uma cebola na mala. Quer dizer...
Apesar disso, o quarto, depois de duas horas, começou a ter um cheiro ambiente, o suficiente para uma bela noite de sono - apesar (também) da festa que estava tendo ao lado. Fomos convidadas, mas o cansaço nos impediu.
Lindezas, caminhadas e massas
O passeio começou cedo. Depois de comer um péssimo café da manhã, com croissant seco com um projeto de recheio dentro e um café, pegamos o mapa e fomos andar!
Juntamente com as nossas novas amigas gaúchas Lise e Taiane, e também a canadense Cassandra, descemos pelas ruas de Roma, sem um destino certo. O que aparecesse pela frente, seria um lucro e tanto.
new friends! |
piazza venezia |
ruínas perto do Coliseu |
Coliseu! |
Fontade de Trevi |
Linda! a menina e a fontana hehehe |
Pantheon |
Entre as caminhadas, paramos para comer e tomar o vinho. Roma não é um dos lugares mais baratos do mundo, mas com certeza você não passa fome - além de comer muito bem. As massas em geral são garantidas a cada esquina por um preço de banana. O sabor, nem se fala! Tudo feito da melhor cozinha italiana possível. Mas tomem cuidado com a bebida, ao contrário da comida, esta sim é bem cara.
A noite foi contemplada com o musical Mamma Mia!. Apesar de ser falada e cantada toda em italiano, foi bem bacana e pude me orientar pelo filme que já havia assistido. Pode parecer que não, mas o espetáculo me fez derrubar uma barreira muito grande sobre ele em si. Enfim, sem detalhes! Só os fortes entenderão ;)
Vaticano, vinho e despedidas
Último dia. Este sim foi marcante.
Visitamos o Vaticano logo pela manhã. Mesmo não sendo religiosa e ter minhas aversões pelo catolicismo, achei que seria interessante e uma bagagem cultural muito grande visitando o lugar.
Na mesma linha de Roma, tudo lá era grandioso e lindo, mas não me remetia nada a fé. Fiquei me questionando mais ainda de como tudo aquilo era o maior mal entendido da história. E pensar que Jesus sentava no chão, à luz do sol, junto com os seus seguidores, para falar sobre os seus ensinamentos. Aquilo lá está bem longe de ser humilde ou 'pobre', como os próprios sacristãs aprendem logo no inicio dos estudos.
chifrinho pro vaticano! |
né! |
Tirei muitas fotos e até comprei muitas lembrancinhas para a minha avó (que é católica nata), mas achei o absurdo ter que pagar, mesmo que for quatro euros, para conhecer algumas instalações do lugar. E não me venham com história de manter tudo limpo e organizado, porque, por mim, explodiria tudo de uma vez só e acabaria com a maior hipocrisia do mundo! Enfim, aqui não é hora ou lugar para se discutir isso, mas só para ressaltar.
Passamos por mais alguns lugares em seguida, como o Castel Sant'Angelo e suas redondezas pelo fim da tarde. Estávamos sem pressa para andar até que encontramos, perto da Piazza Navona, o carnaval italiano. Muitas crianças e adultos fantasiados de qualquer coisa, se divertindo com o locutor que narrava um tipo de concurso. Totalmente diferente dos nossos festejos, mas com o mesmo ar de alegria.
Castel Sant'Angelo |
logo a frente |
logo atrás |
Carnaval! |
Piazza Navona |
oba! |
Depois do oba-oba, mais a noite fomos comer nos latinos que vendiam o prato de macarrão e um copo de vinho por apenas dois euros. Comemos e, com um pouco de 'gabiru', conseguimos mais vinho com um garçom muito simpático que nos cedeu duas garrafas. Ficamos um tanto embriagadas e compramos mais algumas garrafinhas para nos sustentar. Andamos pelas ruas noturnas de roma totalmente cruzando as pernas. Foi mágico ver tudo aquilo de uma forma tão diferente e feliz.
Fiz promessas, chorei, sorri, comi, toquei no tempo, me embriaguei e, além de tudo, me apaixonei. Com certeza, tudo não seria mais belo se Roma não existisse, não mesmo...
Nenhum comentário:
Postar um comentário